O Presidente do Quénia, William Ruto, defendeu, ontem, que a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), o braço do Banco Mundial para os países mais pobres, deve ser reforçada com pelo menos 120 mil milhões de dólares.
O Reino Unido deportou, na segunda-feira, o primeiro requerente de asilo para o Rwanda, na sequência do programa voluntário para imigrantes a quem foi recusado asilo, divulgaram, ontem, meios de comunicação social britânicos.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, manifestou, ontem, “profunda preocupação com a violência durante o fim de semana em Abyei e apelou ao Sudão e Sudão do Sul para que investiguem rapidamente os ataques que mataram 54 pessoas.
"O Secretário-Geral está profundamente preocupado com a violência que ocorreu durante o fim de semana na Área Administrativa de Abyei, que resultou na morte trágica de numerosos civis e em ataques à Força Provisória de Segurança das Nações Unidas para Abyei (UNISFA), durante os quais dois membros das forças de manutenção da paz perderam a vida no cumprimento do dever”, indicou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado citado pela Efe.
De acordo com Dujarric, o líder da ONU condenou ainda a violência e os ataques contra a UNISFA e apelou aos Governos do Sudão do Sul e do Sudão para que investiguem rapidamente, com a assistência da UNISFA, os ataques, e "levem os perpetradores à justiça”.
"O Secretário-Geral lembra a todas as partes que os ataques às forças de manutenção da paz das Nações Unidas podem constituir crimes de guerra”, conclui o comunicado, que endereça ainda condolências ao Governo e ao povo do Ghana e do Paquistão (países de onde eram provenientes os dois soldados da paz mortos) e às famílias dos civis que perderam a vida nos ataques. Pelo menos 52 civis e dois membros das forças de manutenção da paz foram mortos em vários ataques com motivações étnicas durante o fim de semana na região de Abyei.
Abyei, uma zona produtora de petróleo na fronteira disputada entre o Sudão e o Sudão do Sul, palco de confrontos regulares, está sob a protecção da ONU desde a independência do Sudão do Sul. Dois soldados da paz, um ghanês e um paquistanês, também foram mortos, segundo a ONU.
O soldado da paz ghanês foi morto no sábado num ataque a uma base da UNISFA em Agok, a cerca de 40 quilómetros a sul de Abyei, levado a cabo "por um grupo armado”. Já o soldado paquistanês foi morto no domingo por "fogo pesado” contra veículos da ONU que transportavam civis feridos para um hospital, comunicou a ONU.
De acordo com a Autoridade Administrativa de Abyei, "jovens armados” do grupo étnico Dinka Twic, do estado vizinho de Warrap, e rebeldes fizeram vários ataques no sábado, nomeadamente contra o mercado de Nyinkuac na cidade de Abyei, a principal cidade da região, bem como nas zonas de Nyinkuac, Majbong e Khadian. A tribo africana Ngok Dinka também afirmou ontem, em comunicado, que homens armados do clã Al Baria atacaram membros do clã com "armas automáticas”.
Oferecida recompensa pela captura de Haroun
Os Estados Unidos anunciaram, ontem, que oferecem até 5 milhões de dólares pela detenção de um antigo adjunto do Presidente deposto do Sudão, Omar al-Bashir, acusado de crimes de guerra em Darfur.
O anúncio diz respeito a Ahmed Haroun, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na região de Darfur, no Oeste do Sudão, entre 2003 e 2004, segundo o Departamento de Estado norte-americano.
"É crucial que o Sr. Haroun seja encontrado e levado perante o TPI para enfrentar as acusações contra ele", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, num comunicado, citado pela CNN. O porta-voz acrescentou que "existe uma ligação clara e directa entre a impunidade dos abusos cometidos durante o regime de Bashir, incluindo aqueles de que o Sr. Haroun é acusado, e a violência no Darfur actualmente".
Em Abril passado, pouco depois do início da guerra entre o Exército sudanês e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), Haroun anunciou que tinha fugido da prisão de Kober, em Cartum, juntamente com outros antigos funcionários do regime de Bashir. O conflito causou a morte de mais de 13 mil pessoas, segundo uma estimativa muito subestimada da ONG Armed Conflict Location and Event Data Project (Acled), e mais de sete milhões de deslocados, segundo a ONU. Haroun foi ministro durante o regime de Bashir e governador do estado sudanês do Cordofão do Sul.
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