Os escritores angolanos João Melo, Ondjaki e Ana Paula Tavares, aos quais se junta a poetisa santomense Conceição Lima, animam hoje, às 18h00, o painel dedicado à poesia africana, no primeiro dia da 94ª edição da tradicional Feira do Livro de Lisboa, em Portugal, que vai decorrer até 16 de Junho.
A terceira edição do DocLuanda, cuja gala de enceramento teve lugar no Miami Beach, na Ilha de Luanda, encerrou com chave de ouro, ao premiar em dinheiro vários concorrentes, tendo inserido neste ano algumas categorias, que visam incentivar a cultura e homenagear os fazedores do estilo a nível nacional.
Temas como "Redemption’s song", "War", "One Love" e outras com mensagens de resistência, liberdade e amor do “Rei do Reggae” estiveram em evidência na voz do músico Legalize, acompanhado pelo grupo Bantu Killa.
Bob Marley, a voz imortal do estilo musical reggae e da espiritualidade rastafari, foi homenageado, sexta-feira, no espaço Gosto do Leitão, localizado em Luanda, pelo músico Legalize, em alusão ao 43º aniversário da sua morte, assinalado a 11 de Maio de 1981, quando tinha apenas 36 anos.
Durante o acto de homenagem, Legalize, na companhia do grupo Bantu Killa, interpretou, ao vivo, vários sucessos do mais conhecido músico de reggae de todos os tempos e símbolo de resistência negra, espiritualidade, defesa dos direitos humanos e luta por justiça social.
Os músicos, com o concerto, almejaram continuar a preservar o legado de Bob Marley. O artista de destaque, Legalize, justificou o sentimento de felicidade dos presentes. "Apesar de ter partido, Bob Marley deixou um repertório que vai continuar a ser consumido por milhares de gerações”, disse.
"Apesar de terem passado 43 anos da sua morte, o nome de Bob Marley continua sonante nos ouvidos das pessoas, pois o artista deixou um vasto acervo , composto por uma discografia que aborda questões muito presentes no mundo actual, como racismo, desigualdades sociais, colonialismo e os efeitos devastadores das guerras, factos que ainda se verificam e agora acirrados na sociedade moderna", afirmou Legalize.
O artista, que combina o reggae com a música nacional, destacou que "Bob Marley continua o ícone número um, como se costuma dizer, é uma fonte de inspiração para os amantes do reggae e da música de um modo geral".
O vocalista do grupo Bantu Killa, Masta Kaya, manifestou-se satisfeito por partilhar o palco com Legalize, uma das referências do estilo reggae no país, para homenagear a maior estrela do género musical reggae da história.
"Foi uma homenagem ao imortal Bob Marley, por isso tínhamos de apresentar o que melhor podíamos", afirmou.
O artista explicou, também, o quanto o estilo reggae significa para si, sublinhando, primeiro, que representa ele como africano e depois como rasta.
"O reggae não é uma simples música, porque possui uma dimensão imensa. Reggae é algo que transforma a alma e a mente, é muito importante para os seres humanos. Quem escuta reggae conhece o mundo e os seus fenómenos", sublinhou.
O
Reggae que "bateu"
com gosto
Os convivas sentiram a batida do reggae com gosto na noite de sexta-feira. Entre os clássicos de Bob Marley foram cantados e dançados "Coming in From the Cold", "Three Litlle Birds", "War", "No Woman, No Cry", "Redemption Song", "Africa Unite" e "One Love".
Em "Genesis", "Dreadlock in City" e "Festa", Legalize soltou canções autorais dos projectos em reggae, e em "Rumba Negra", de Urbano de Castro, "Undenge Uami", de David Zé, e "Pangiami", de Toni Caetano, versionou clássicos nacionais em reggae.
Durante o concerto, os artistas apresentaram também músicas autorais e de outros artistas. Amambo, baixista, interpretou em kikongo um tema na abertura e a corista Fina optou por dois temas de Bob Marley.
Masta Kaya, vocalista do grupo, brindou os convivas com "Nasci no Gueto" e "Jah Issac" uma homenagem ao precursor do movimento rasta em Angola. Em "Kimbele", dueto com Legalize, também prestaram uma homenagem a Pop Show, artista já falecido que foi líder do inesquecível conjunto musical "Afra Sound Stars”.
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