Reportagem

Luanda viveu três dias de exposição tecnológica, emoção e folia

Logo pela manhã do dia 12 de Junho, as filas para o credenciamento dos participantes à III edição do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação “ANGOTIC – 2023” já eram muito longas. Contudo, a tarefa para aferir o registo de identidade individual ou da empresa era feita através de um escrutínio rígido.

18/06/2023  Última atualização 09H59
© Fotografia por: Contreiras Pipas | Edições Novembro

Após a obtenção dos passes de acesso, era necessário seguir até à zona de revista, uma fronteira que separava o mundo real do virtual. A ansiedade tomava conta de todos os que aguardavam, de pé ou sentados, que o processo de verificação terminasse.

Fora da "maternidade tecnológica” tudo era menos intenso e movimentado. Depois de "atravessar” o portal, dava-se início a uma intensa jornada, com muita agitação e correria.

Apesar da previsão da organização do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação - ANGOTIC 2023 rondar os oito mil visitantes em três dias, o evento atingiu a marca antes do tempo, logo no segundo dia.

Com a presença da imprensa, de jornalistas de vários órgãos de comunicação (nacionais e internacionais), com microfones, câmaras de filmagem e fotográficas, de mini estúdios instalados no local, e de um palco no exterior, para garantir a animação, a cobertura do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação - ANGOTIC 2023 estava mais do que assegurada.

Foi ao som do batuque e ritmos tradicionais nacionais que os "primos” da SADC, vindos da Namíbia, África do Sul e Zâmbia, começaram a chegar. Os "amigos” chineses e norte-americanos, que também não quiseram ficar fora da festa, após o convite de Angola, apareceram em grande no evento.

Trouxeram toda a experiência e falaram dos avanços tecnológicos que o mundo tem vindo a registar e que a grande maioria de angolanos sequer ouviu falar, como a "digital payment gender gap”, "SNAP”, "satellite positioning”, "point clouds”, "cashback” e tantos outros termos pronunciados na língua de Shakespeare, mencionados ao longo das diferentes palestras que ocorreram em salas distintas.

O Centro de Convenções de Talatona, em Luanda (CCTA), foi a maternidade que deu à luz às mais diversas inovações tecnológicas, projectos e ideias.


Estudantes e visitantes
enaltecem a iniciativa 

Os projectos expostos chamavam a atenção dos turistas, que não escondiam a satisfação de estar no local. Os mais entusiasmados eram os estudantes. Segundo Raquel Neto, directora do Complexo Escolar Privado Freinet, os estudantes aproveitaram o momento para apresentar curiosidades relacionadas aos serviços tecnológicos. "Divertiram-se imenso e ao mesmo tempo colheram informações benéficas para o desenvolvimento académico”.

Adriano Silva, de 14 anos, e Winnie Chipindula, de 16 anos, apontam o fórum como um evento de grande relevância, por permitir a partilha de experiências que vão ajudar no desenvolvimento académico dos estudantes.

"Todos os dias aprendemos e nesta actividade consegui colher várias informações que serão benéficas para o meu crescimento enquanto estudante”, disse Winnie Chipindula.

Foi notável, também, a alegria no rosto de adolescentes, que, enquanto passeavam com os pais, faziam perguntas aos expositores, sem deixar de aproveitar a ocasião para tirar fotos, antes de fazerem uma paragem na biblioteca.  

Entre os visitantes estiveram, igualmente, estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto, que reconheceram a grandiosidade do evento.

 "Pude trocar experiências com alguns expositores que apresentaram projectos ligados à minha área de formação e com estudantes universitários de outras instituições”, disse António Soares. 

Óscar Quissama, estudante da mesma faculdade, aproveitou a ocasião para apelar à organização do evento para que, nas próximas edições, haja a participação de expositores das 18 províncias.

Delfina da Silva, visitante, elogiou a organização do evento, que permitiu a exposição de diversos projectos tecnológicos ligados, entre outros, aos sectores da Educação, Saúde, Agricultura, Comércio, Finanças, Ambiente e Literatura, visando a resolução de vários problemas candentes da actualidade. 

Segundo a visitante, o evento permitiu obter conhecimentos de serviços disponibilizados no país através de plataformas digitais, que anteriormente não tinha informação sobre a sua existência.

Como dona de casa, disse, não tinha conhecimento que, actualmente, existe um software vocacionado à actualização diária do preço dos produtos essenciais comercializados nos mercados da capital. 

"Esse software é uma mais-valia para todas nós, porque vai ajudar a evitar deslocações aos mercados de forma desprevenida e sermos surpreendidas com o preço dos produtos”, disse.

A província de Luanda acolheu de 12 a 14 de Junho a III edição da ANGOTIC, que atraiu estudantes, profissionais de diversas áreas, turistas e investidores provenientes do continente europeu (França e Rússia). A feira contou, também, com a presença de turistas dos EUA e de África. 


Expositores satisfeitos  com os resultados obtidos 

Proprietários de empresas do ramo das Tecnologias de Informação e Comunicação e de startups mostraram-se satisfeitos com os resultados obtidos na terceira edição do ANGOTIC - 2023, que decorreu de 12 a 14 do corrente mês, no Centro de Convenções de Talatona, onde foi possível estabelecer contactos com possíveis financiadores, parceiros e clientes.

O ANGOTIC foi uma grande oportunidade de intercâmbio e troca de experiências entre as empresas de Tecnologias renomadas e que já operam no mercado angolano e internacional há algum tempo e as startups, que se procuram firmar nesta área e conquistar o seu espaço no mundo digital.

Sandra Camelo, directora de operações da Tistech Angola, que actua no suporte e serviços de computadores, fez saber que a empresa teve bons resultados em termos de geração de negócios, oportunidades de networking e promoção da conectividade e modernização tecnológica.

O responsável pelo Departamento de Telecomunicações da SISTEC, Adão António, disse que, desde a abertura do fórum, o stand da empresa foi muito procurado por visitantes, com o objectivo de obterem mais informações sobre os serviços disponibilizados, esclarecer dúvidas e estabelecer parcerias com empresas nacionais e estrangeiras.

Para Emanuel da Costa, representante da startup Nexus, eventos da dimensão do Angotic devem ser realizados mais vezes, não apenas em Luanda, mas, também, nas outras províncias, de forma a descobrir o potencial dos jovens angolanos que têm projectos criados, mas não conseguem financiamento e nem sabem por onde começar.

O empreendedor defende a valorização das ideias, financiamento e acompanhamento, para ajudar a tirar muitos jovens do desemprego e criar mais postos de trabalho directos e indirectos.

 "Trouxémos três projectos, dos quais um ligado à educação online,  cem por cento gratuita e outro destinado à criação de um dispositivo capaz de matar mosquitos sem o uso de substâncias tóxicas”, informou. 

Gomes Lombo, CEO da startups Eco-selecta, disse que a ANGOTIC - 2023 demonstra a vontade do Executivo em continuar a desenvolver o mercado tecnológico, promovendo a aparição de novas empresas e o crescimento contínuo daquelas que já actuam no mercado.

A Eco-selecta é voltada para a consultoria ambiental e gestão de resíduos, cujo foco é o fomento da economia circular e a dinamização da indústria nacional, com vista à solidificação de uma rede tecnológica, económica e sustentável de aquisição e depósito de resíduos.

"O propósito é ensinar as pessoas a cuidarem do lixo, nós compramos estes resíduos sólidos e encaminhamos para as grandes empresas destinadas ao seu tratamento, já que temos algumas parcerias com empresas e clientes particulares. Saímos satisfeitos deste fórum, porque conseguimos marcar várias entrevistas com possíveis clientes, parceiros e financiadores”, disse.


Mulheres apaixonadas pelas TICs

Há cada vez mais mulheres interessadas no mundo tecnológico. A prova disso foi a adesão em massa do género feminino no ANGOTIC - 2023. Mulheres de vários estratos sociais fizeram-se presentes no maior Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação. 

O ANGOTIC registou a presença de mulheres cientistas, investidoras, empreendedoras, inovadoras, estudantes e usuárias de aparelhos tecnológicos, que se mostraram entusiasmadas com a evolução e sua reflexão em todos os campos da vida humana, com destaque para  Camille Aleynne, representante da NASA, Danielle Wood, do MIT, e a vice-ministra de Informação e Comunicação da Namíbia, Emma Theofelus. 

Jandira António, gestora de Marketing, disse à reportagem do Jornal de Angola que participou no fórum com o intuito de acompanhar a evolução tecnológica do país e aprender novas técnicas que possam servir de ferramentas para a sua profissão.

"Fazendo uma comparação com a edição passada, foi visível a evolução dos serviços, produtos, ideias e a própria mentalidade das pessoas em relação à tecnologia”, disse a gestora de Marketing, que exprimiu o seu entusiasmo com a magnitude do projecto apresentado por duas estudantes angolanas, que pode auxiliar no combate à malária em Angola.

"O projecto que mais me chamou a atenção foi o sistema não invasivo detector de malária, desenvolvido por duas estudantes angolanas”, sublinhou Jandira António, que reconhece a inclusão feminina no mundo tecnológico.

"A inclusão das mulheres no mundo tecnológico é real. Fruto disso foi o número de projectos apresentados no Angotic-2023, com envolvimento de mulheres. O envolvimento de mulheres nos cursos de engenharia é também um bom sinal de inclusão, sem esquecer que, actualmente, já temos no mercado de trabalho mais mulheres em áreas ligadas às TICs”.

Segundo Jandira António, "é visível o impacto do Angotic-2023 na sociedade angolana e as soluções apresentadas em grande parte vão ao encontro das necessidades diárias do povo angolano, devendo-se criar um ecossistema de acompanhamento e financiamento dos projectos”.

A apresentadora Stela de Carvalho disse que ficou encantada com as inovações expostas na edição de 2023.

No seu Instagram, escreveu que o astronauta, exposto pelo Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), foi o que mais chamou a sua atenção.


Comer com olhos no prato e mãos nos bolsos

No restaurante da tenda a céu aberto, com tons de improviso na disposição das 32 mesas e mais de 200 cadeiras plásticas de cores brancas, laranjas e azuis, o cheiro do hambúrguer da "tia Any” nem por isso apagava a "imagem” que a fome criava dos grelhados mistos servidos pelo restaurante "Tudo no Carvão”.

Frango inteiro, peito de frango, entremeadas e costeletas de porco formavam o saboroso misto de grelhados servidos pela dupla de irmãos, Délcio & Marcos, sócios do "Tudo no Carvão”. Com atendimento rápido, distribuição e troca de sorrisos, a dupla justifica a procura diária, acima de 100 pratos. Nada mal para quem se propôs servir entre 150 e 200 almoços por dia.

Diariamente, pelo menos 1.500 pessoas visitaram a "Praça da Alimentação”, onde, durante os três dias em que decorreu o maior evento internacional de tecnologias, comunicação e inovação "ANGOTIC/2023”, dez empresas confeccionavam e serviam refeições para todos os gostos e bolsos.

O antigo restaurante VIP do interior da sala principal do Centro de Convenções de Talatona foi revitalizado. Ficou mais chique, mais formal e, também, mais caro. Aliás, para aquele restaurante acediam como parte do pacote de participação apenas os delegados com credenciais "Platinum”, "Gold” e "Silver”.

Délcio Freire Martins, do restaurante "Tudo no Carvão”, garante ter atendido pelo menos 150 pratos no primeiro dia, um pouco mais do que isso no segundo e mais de 80 no último dia. "É um número razoável para a nossa empresa, cuja participação no ANGOTIC/2023 serviu para ganhar visibilidade e atrair futuros clientes”, disse.

O "Tudo no Carvão” é especialista em temperar variedades de carnes grelhadas na hora, no carvão, e vendidos ao preço de 5.500 kwanzas o prato. Contudo, na tenda da Praça da Alimentação haviam outros pratos disponíveis, como a feijoada, hambúrguer, bifes e frango no churrasco, que custavam entre 3.000 e 6.000 kwanzas.

No ANGOTIC/2023, para comer e beber bem era necessário colocar as mãos no bolso. Uma garrafa de água de 350 ml estava a ser comercializada a 500 kzs, enquanto a chávena de café expresso e o refrigerante  em lata eram vendidos a 1.000 kzs. Quem solicitasse um sumo natural gastava entre 2000 e 3.000 kwanzas.


Palco da música angolana

No espaço criado para dar lugar às novas tecnologias, os artistas angolanos conseguiram prender, durante três dias, a atenção da maioria dos especialistas convidados ao evento, assim como do público e dos expositores.

No palco do ANGOTIC, nomes como Afrikanita, Toty Sa’Med, Jorge Sky, Domingos Baptista, Rui Orlando e os DJS Paulo Alves e Márcio Alves fizeram a alegria de centenas de pessoas, no período entre 12 e 14 de Junho.

No primeiro dia, o talento e a voz de Afrikanita marcou o compasso das actuações. Numa mistura de blues e jazz, a cantora conseguiu, durante uma hora, justificar a escolha da organização.

Domingos Baptista acompanhou a cantora nesse dia, assim como os DJ Paulo e Márcio Alves, que fizeram uma selecção dos melhores temas da actualidade, numa fusão com outros mais antigos. Ritmos e géneros musicais diversos foram o cartão postal do primeiro dia, no qual o público conseguiu apreciar os efeitos da ponte entre gerações.

No segundo dia do ANGOTIC, o palco contou com nomes como Toty Sa’Med e Jorge Sky, dois artistas que conquistaram a plateia durante a actuação, inclusive quem ouviu as músicas a partir da Feira da Alimentação.

Já no último dia, o artista convidado foi Rui Orlando, que interpretou temas cujos êxitos o tornaram numa referência obrigatória da música angolana.

 
Talentos da Angola Cables

A III edição do ANGOTIC ficou ainda marcada pela realização de um concurso musical, como reconhecimento ao talento de certos artistas. O destaque, com base na escolha da organização, foi para os cantores de bar.

A iniciativa da Angola Cables, realizada com o intuito de promover e dar visibilidade à nova geração de artistas, teve como jurados os conceituados músicos Dodó Miranda, Gersy Pegado e Lito Graça.

Ella Fill, a grande vencedora do concurso, recebeu um prémio no valor de 800 mil kwanzas. O segundo lugar foi atribuído ao cantor Tino Silva, que teve direito a 400 mil kwanzas, enquanto a terceira classificada, História Núria, ganhou um ano de Internet paga.

Nesta presente edição participaram dez cantores. A música foi uma das principais atracções da terceira edição do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola (ANGOTIC), que decorreu de 12 a 14 deste mês, no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda.


Segurança foi fundamental para o sucesso da Feira

A III edição da Angola International Communication Fórum (ICF), cuja sessão de abertura foi prestigiada pela presença do Presidente da República, João Lourenço, descortinou a destreza e excelente nível organizacional do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, sobretudo no quesito segurança, quer das personalidades protocolares, expositores, profissionais de comunicação social, quer das mais de mil pessoas que visitaram o local.

A salvaguarda dos pormenores técnicos, com vista a garantir a segurança das pessoas e dos bens materiais, foi um dos principais elementos que esteve na base do sucesso alcançado com a realização da Feira "ANGOTIC”, que Luanda acolheu, de 12 a 14 de Junho, sob o lema "Conectividade e Modernização Tecnológica”.

Desde o primeiro dia do evento, os efectivos da Polícia Nacional estiveram no seu melhor. Era notória a presença de agentes reguladores de trânsito em todo o perímetro das principais artérias de acesso ao Centro de Convenções de Talatona (CCT), predispostos a fornecer dados para a devida orientação aos utentes de viaturas, que seguiam para o local.

A chegada ao interior do imponente edifício ficou mais facilitada com a utilização de duas entradas, sendo a principal a que dava acesso directo ao recinto do CCT, e a outra pelo portão do Hotel de Convenções de Talatona (HCT).

Tais acessos, devidamente controlados por funcionários capacitados para identificar os muitos visitantes, por meio das respectivas credenciais, numa altura em que aqueles que não podiam ser credenciados ao longo dos dias que antecederam o arranque do evento foram encaminhados para o lugar equipado para o efeito.

O pessoal encarregado pela segurança teve o cuidado de fazer cumprir o acesso aos pavilhões, por ordem de chegada e por fila indiana. As portas estavam equipadas com meios detectores de metais e materiais proibidos.

 
Nota positiva à organização

O rigor no cumprimento das regras transmitia sentimento de segurança. A forma como a organização distribuiu as áreas de serviço foi dos aspectos a ter em conta do ponto de vista da eficácia.

A presença de estúdios móveis de canais televisivos e rádios, e de redacções dos órgãos de comunicação social junto do auditório principal, palco das cerimónias de abertura e encerramento, é prova tangível da estratégia levada adiante pela organização do evento, uma vez que conferiu maior celeridade ao processo de emissão de notícias em tempo útil, sobre os principais acontecimentos dentro do espaço reservado ao "ANGOTIC - 2023”.

No hall principal estavam as empresas de maior expoente no ramo das tecnologias, salas de conferências que acolheram dezenas de palestrantes e profissionais de informação. As equipas de segurança demonstravam prontidão para prestar o devido auxílio a quem necessitasse. Aliás, vale dizer que as saídas de emergência estavam devidamente sinalizadas.

O local de grande atracção para os visitantes terá sido a tenda onde as empresas montaram os seus stands. No local havia um palco onde os jovens empreendedores interagiam com os potenciais patrocinadores e o público.

As startups tiveram assim a oportunidade de trazerem à luz do dia toda a sua criatividade, e formular parcerias que podem resultar no surgimento de novos serviços e de grande valia para a sociedade.

Na III edição do ANGOTIC também estavam perfilados os serviços de publicidade e marketing dos órgãos de comunicação social, tendo permitido uma aproximação e troca de serviços entre as micro, médias e grandes empresas. A excelente segurança garantida pela organização foi fundamental para que o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, efectuasse uma demorada visita guiada aos expositores, tendo trocado impressões com vários criadores de projectos que o deixaram certo de que as suas iniciativas devem ser apoiadas pelo Executivo, para que tragam benefícios para a economia e à sociedade angolana.

Isaque Lourenço, Omar Prata, Weza Pascoal e Hélder Jeremias


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