Cultura

“Lugares Incorporados” é apresentada no CCBA

A Companhia de Dança Contemporânea de Angola (CDCA), em parceria com a Associação Kalu e a consultoria da Arquitecta Isabel Martins, apresenta a partir de hoje até ao dia 6 de Junho, na Casa de Cultura Brasil-Angola (CCBA), em Luanda, o projecto “Lugares InCORPOrados”, constituído pela edição de um livro e pela apresentação de uma exposição com fotografias de Rui Tavares.

19/05/2021  Última atualização 07H45
© Fotografia por: Rui Tavares| CDCAngola
Neste projecto, enquadrado no âmbito das comemorações do 30º aniversário da CDCA e do Dia Mundial dos Museus, 19 de Maio, 16 bailarinos de 4 gerações da Companhia de Dança Contemporânea de Angola foram fotografados em conjunto com 16 edifícios e lugares da cidade de Luanda, evocando a multiplicidade de laços sociais e afectivos que se estabelecem entre as pessoas e os lugares onde  habitam.A exposição é itinerante e estará presente até Dezembro em 9 espaços da cidade de Luanda durante 15 dias em cada lugar. As visitas de grupo, não superiores a 6 pessoas, devem ser agendadas através do telefone 948 102 049, pois a instituição garante todas as con-dições de biossegurança exigidas pelas autoridades sanitárias angolanas.
Perfil de Rui Tavares
Nascido em Hamburgo, de nacionalidade angolana, inicia-se na fotografia em Portugal em 1987. Com formação académica em Arquitectura e Urbanismo (Universidade Agostinho Neto, Universidade Gallecia e Universidade Lusófona) desenvolve todo o seu percurso ligado à fotografia de dança junto da Companhia de Dança Contemporânea de Angola, da qual é um dos membros fundadores e responsável pelo seu Gabinete de Imagem e Divulgação.Em 1995 introduz a disciplina curricular de Fotografia na Escola Nacional de Artes Plásticas do Instituto Nacional de Formação Artística e Cultural (INFAC), onde exerceu actividade como docente.Paralelamente desenvolve projectos de fotografia experimental, tendo efectuado exposições individuais e colectivas em cerca de uma dezena de países, estando presente no livro "Anthology of the African Photography” e mantendo colaborações com as áreas da moda, da publicidade e do desenho gráfico.
Percurso da CDCA 
Fundada em 1991, pela coreógrafa Ana Clara Guerra Marques, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola edificou, através de um percurso de inovação e singularidade, uma história exclusiva que faz dela um colectivo histórico e único, num contexto artístico que permanece frágil, conservador e fortemente cunhado pelas danças patrimoniais e recreativas urbanas e pela ausência de um movimento de criação de autor, no plano da dança.
Provocando uma ruptura estética na cena da dança an-golana e tornando-se, em 2009, uma companhia de Dança Inclusiva, a CDC Angola inaugurou o regime de Temporadas e criou uma linha de trabalho que, dispensando as narrativas de estruturação convencional, preferência propostas que confrontem o público com as suas próprias histórias, aspectos do seu quotidiano, das suas realidades sociais, da sua condição de cidadãos de universos que se cruzam. Numa época em que as barreiras geográficas e culturais são superadas pelos recursos disponibilizados pelas novas tecnologias, estas, conjuntamente com outras linguagens, passaram a integrar os discursos artístico e estético da CDC Angola.


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