Pelo menos 25 pessoas morreram e 13 ficaram feridas na sequência de um acidente de autocarro, ocorrido, na noite de domingo, na região de Cajamarca, no Peru.
O Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, apresentou, esta terça-feira, condolências e manifestou solidariedade às autoridades e ao povo do Quénia, pelas inundações que já causaram mais de uma centena de mortos naquele país.
Milhares de pessoas desafiaram, ontem, as autoridades russas e concentraram-se junto à igreja de Moscovo para assistir ao funeral do activista Alexei Navalny, apesar dos avisos de que não seriam permitidas manifestações ilegais.
Uma fila gigantesca formou-se junto à igreja no Sudeste da capital russa, sob forte presença policial, à medida que as pessoas continuavam a chegar, noticiou a agência francesa AFP.
Muitas das pessoas batiam palmas e gritavam pelo nome de Navalny à chegada do caixão, segundo a televisão britânica BBC.
O porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, avisou, ontem, que as autoridades não permitiriam manifestações não autorizadas.
"Gostaríamos de lembrar de que há uma lei que deve ser respeitada: qualquer reunião não autorizada constituirá uma violação da lei", disse Peskov.
Uma longa fila de vários milhares de pessoas, vigiadas de perto pela polícia, formou-se desde a manhã em frente à igreja onde a cerimónia teve lugar .
"É doloroso, não deviam morrer pessoas como ele, pessoas honestas, com princípios, prontas a sacrificarem-se", declarou Anna Stepanova, sublinhando também o sentido de humor do opositor.
"Mesmo com dores, ele contava piadas", afirmou, segundo a AFP.
Navalny,crítico declarado do regime e carismático defensor da luta contra a corrupção. Morreu a 16 de Fevereiro, aos 47 anos, numa colónia prisional russa no Ártico, em circunstâncias ainda pouco claras.
Os serviços prisionais disseram que sofreu um colapso súbito após uma caminhada e a certidão de óbito mencionou uma causa natural.
Os seus associados, a viúva Yulia Navalnaia e muitos líderes ocidentais acusaram o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pela sua morte.
Depois de terem adiado a entrega do corpo de Navalny à família, as autoridades russas fizeram-no, finalmente, no sábado, permitindo a realização de um funeral.
A cerimónia fúnebre tinha início previsto para as 14:00 locais (cerca de 11:00 horas em Luanda) numa igreja do bairro de Marino, no sudeste da capital russa, onde o opositor vivia quando estava em liberdade.
Várias dezenas de membros das forças de segurança foram destacados para a zona.
As autoridades também utilizaram barreiras metálicas para isolar o caminho que vai da igreja ao cemitério, segundo a AFP.
Os embaixadores de França e da Alemanha foram até ao local, juntamente com três figuras na oposição ainda em liberdade: Evguéni Roïzman, Boris Nadejdine e Ekaterina Dountsova.
Entre os que esperavam para prestar homenagem ao líder na oposição,alguns seguravam flores, outros tinham lágrimas nos olhos.
"Já não temos políticos como ele e ninguém sabe quando voltaremos a ter", disse à AFP Maria (nome fictício), 55 anos, bibliotecária, que admitiu sentir "medo e tristeza" e pediu para não ser identificada.
Navalny "mostrou o caminho para a liberdade", disse Maxime, um especialista em tecnologia de informação de 43 anos, que também pediu para que o apelido não fosse divulgado.
Yulia Navalnaya lamentou, na quarta-feira, que não tenha sido autorizada qualquer cerimónia civil que permitisse a exibição do corpo do marido a um público mais vasto, como acontece frequentemente após a morte de figuras importantes na Rússia.
"As pessoas do Kremlin mataram-no, depois gozaram com o seu corpo, depois gozaram com a sua mãe e agora gozam com a sua memória", desabafou, acusando Putin e o presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, de serem responsáveis pela situação.
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