Política

Ministro João Baptista Borges garante reabilitação de 200 furos de água

Quinito Kanhameni | Ondjiva

Jornalista

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, garantiu, quarta-feira, no Cunene, a reabilitação de 200 furos de água inoperantes na província para beneficiar quer a população nos centros de maior densidade populacional ou aquela que vive de forma isolada para que tenham água para o consumo e abeberamento do gado e agricultura.

06/07/2023  Última atualização 09H07
Obras de construção das barragens de Ndue e Kalukuve decorrem a bom ritmo, afirma ministro da Energia e Águas © Fotografia por: Edições Novembro
João Baptista Borges, que se mostrou satisfeito, no município do Cuvelai, com  o grau de execução dos projectos de construção das barragens do Ndue e de Kalukuve, no âmbito das obras estruturantes de combate aos efeitos da seca no Sul do país, defendeu soluções mais simples como a construção de furos e sua manutenção, para que aqueles pequenos assentamentos populacionais sejam também beneficiados de água.

O governante considerou que, embora tenha surgido constrangimentos de ordem financeira que criaram atrasos no arranque das obras, a avaliação é positiva na medida em que os trabalhos das duas barragens decorrem a  bom ritmo.

Disse estar expectante com o início, em  Dezembro deste ano, do processo de enchimento da albufeira da barragem do Ndue, com capacidade para armazenar 170 milhões de metros cúbicos de água, e do Kalukuve, com 140 milhões de metros cúbicos, a partir de 2025.

O governante fez saber que as duas barragens serão complementadas com a construção de dois canais com respectivas chimpacas, sendo o primeiro numa extensão de 75 quilómetros da barragem do Ndue até à localidade de Embundo, no município do Cuanhama. O segundo, com mais de 100 quilómetro, vai sair da barragem de Kalukuve até à cidade de Ondjiva.

O ministro da Energia e Águas disse que as duas obras vão integrar o lote dos projectos da margem esquerda do rio Cunene no quadro do Programa de Combate aos Efeitos da Seca. Acrescentou que a barragem do Ndue vai contar com um edifício para coordenar as operações, um posto médico e outro policial, além de um sistema de comunicações.

João Baptista Borges vai, igualmente, constatar projectos similares nas localidades de Oncocua, Chitado, Otchijao, nos municípios do Curoca e da Cahama, na margem esquerda do rio Cunene.

 Acrescentou que com as duas barragens e a construção de canais completam o conjunto de obras estruturantes de combate à seca, que começou com a transferência de água a partir da região do Cafu, para a área de Ondombodora e Namacunde, com vista a acudir a população dos efeitos da seca.

Segundo o ministro, a construção de obras estruturantes não vai resolver na totalidade o problema da falta de água, devido o modo de vida da população local que vive em aldeias separadas uma das outras.

Em 2019, foram inventariados, pelo Governo provincial, 320 furos inoperantes devido a actos de sabotagem e ao baixo lençol freático que impossibilita o bombeamento da água. Ao todo, existem 742 furos nos seis municípios da província.

Reassentamento

Segundo o ministro de Energia e Águas, a Administração do Cuvelai procedeu ao levantamento das famílias que vivem próximo das zonas de enchimentos para o seu reassentamento posterior em locais seguros. O prazo da conclusão dos projectos está previsto para 2025.

O fiscal das obras da barragem do Kalukuve, Carlos Travelo, deu a conhecer que os trabalhos começaram em Fevereiro deste ano e estão com uma execução física de 14 por cento.

Neste momento decorrem os tralhos de saneamento, escavação do núcleo da barragem, descarregadores das cheias e do canal associado, seguindo-se trabalhos de betonagem dos órgãos hidráulicos.

Relativamente à barragem do Ndue, esta conta com uma execução física de 20 por cento.

* Com ANGOP

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