Paramilitares "nampharamas" são suspeitos do linchamento de três elementos responsáveis pela educação cívica para as Eleições Gerais de Outubro em Moçambique, no distrito de Chiùre, Cabo Delgado, por terem sido confundidos com terroristas, segundo relatados das autoridades.
"Confirmo a ocorrência e que, sim, foram os 'nampharamas'. Está a ser feito o trabalho junto das autoridades locais para apurar as circunstâncias deste caso, e estamos, neste momento, a apoiar as famílias", disse, ontem, à Lusa a porta-voz nacional do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), Regina Matsinhe.
Fontes locais disseram à Lusa que o caso aconteceu na sede do posto administrativo de Catapua, no interior do distrito de Chiùre, para onde os três agentes teriam sido destacados para o trabalho de sensibilização da população para as Eleições Gerais de 09 de Outubro deste ano. Ao chegarem no local, constataram que o chefe da aldeia não se encontrava e foram apresentar-se às autoridades locais da aldeia Nawawane, a seis quilómetros da sede, tendo sido recebidos pelo chefe local, antes de seguirem para a aldeia de Mitilane para o mesmo fim.
Aí, terão sido recebidos por um grupo de "nampharamas", paramilitares tradicionais locais, que os amarraram, levando-os para a sede do posto, onde terão sido linchados por suspeita de integrarem o grupo terrorista que recentemente protagonizou os ataques terroristas no distrito de Chiùre, província de Cabo Delgado, relataram as mesmas fontes. Segundo as mesmas fontes locais, o erro deu-se no alegado desconhecimento do chefe de posto, que não ordenou que as vítimas do linchamento fossem levadas ao comando distrital da Polícia da República de Moçambique em Chiùre.
A situação deixou parte da população de Chiùre indignada, visto que em 2023 o mesmo grupo foi acusado de linchar lideranças comunitárias sob acusação de propagarem a doença de cólera.
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