Luzia Inglês disse que o projecto foi lançado a 6 de Março deste ano, nos sete distritos do município de Luanda. Nos próximos meses, garantiu, o projecto vai estender-se para outras províncias do país.

"O foco têm sido as escolas, mercados e igrejas, instituições consideradas parceiras importantes”, destacou, além de aconselhar os pais a melhorarem o diálogo com as crianças e as jovens.

"Temos estado a trabalhar em colaboração com o Instituto Nacional da Criança, o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher e algumas associações cívicas femininas não- governamentais, para formarmos mais de 60 activistas sociais para lidarem directamente com a população”, realçou.

Inicialmente, disse que, o foco das actividades, que terminaram no ano passado, era o empoderamento feminino. Para este ano, continuou, a preocupação é a violência sexual contra a criança. "A próxima campanha de sensibilização está marcada para este mês no município de Belas”.

Para a psicóloga clínica Mariana Costa, o trabalho de sensibilização deve incluir, também, as famílias, muitas a normalizar, actualmente, o abuso sexual. "Existem muitas pessoas que têm pouca informação sobre o abuso sexual, por isso  é necessário levarmos o conhecimento para todos”, recomendou.

A Organização Pan-Africana de Mulheres surgiu em 1962, na Tanzânia. Anteriormente denominada por Conferência de Mulheres Africanas, tornou-se OPM no Congresso do Senegal em 1974.