Sociedade

Novos psicólogos clínicos a disposição do mercado

Yara Manuel |

Jornalista

Sessenta e oito psicólogos clínicos receberam terça-feira, em Luanda, as carteiras profissionais para exercerem de forma legal, num acto que contou com representantes das províncias de Cabinda, Zaire, Uíge, Cuanza-Norte, Malanje, Huíla, Huambo, Namibe e Bengo.

01/05/2024  Última atualização 09H59
Carlinhos Zassala defende mais atenção para os profissionais © Fotografia por: DR
Para o presidente da Sociedade Angolana de Psicologia Clínica, Félix Mizé, a carteira vai ajudar a empregar novos profissionais, bem como incentivar o surgimento de mais empreendedores no ramo e favorecer a abertura de mais consultórios especializados.

As carteiras profissionais, salientou, vão permitir ter um maior controlo dos especialistas e também identificar e denunciar quem exerce a profissão de forma ilegal. "A lei obriga a trabalhar com a carteira”, disse.

O psicólogo Carlinhos Zassala adiantou, no acto, que a psicologia em Angola ainda não tem o impacto que merece. Actualmente, referiu, ainda se verifica a falta de conhecimento sobre o "modus operandi” dos profissionais do sector.

"A figura do psicólogo é indispensável, porque na realidade não há vida social harmoniosa sem a contribuição do psicólogo. Todos os problemas que podem surgir nos relacionamentos entre pais e filhos, marido e esposa, e até mesmo a nível interno em cada indivíduo, o psicólogo pode encontrar uma solução”, afirmou.

 
Estigmatização

A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou os actos de estigmatização e discriminação que muitas pessoas enfrentam por parte dos familiares, vizinhos, e profissionais de saúde e podem afectar o acesso aos cuidados médicos, na área da Psicologia.

"É importante os profissionais de PsicologiaClínica terem um papel mais crucial na sociedade, por isso, recomendo a criação de equipas multidisciplinares, capazes de fazer uma abordagem mais abrangente e eficaz no tratamento e apoiar os pacientes”, recomendou.

Fernanda Alves afirmou ainda que a OMS continua a trabalhar, a nível nacional e internacional, para fornecer aos Governos e parceiros, os dados e o apoio técnico a fim de reforçar o sector da Saúde Mental.

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