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Núncio Apostólico em fim de missão defende igreja mais próxima das pessoas

Pedro Bica| Jornalista

O Núncio Apostólico de Angola e São Tomé e Príncipe, Dom Giovanni Gaspari, defendeu ontem, em Luanda, que a Igreja Católica deve através do seu ministério estar cada vez mais próximo das populações.

18/04/2024  Última atualização 13H53
© Fotografia por: João Gomes|Edições Novembro

O representante do Papa em Angola é São Tomé, falava durante a sua homilia de fim de missão apostólica, onde destacou o empenho, dedicação da igreja enriquecida de leigos, tradição da fé, sobretudo de jovens.

 

"Eu senti a gratidão que inundou meu coração, pois pela providência de Maria que cheguei em Angola, onde fui recebido com amor, alegria que vou carregar para o resto das minhas missões”,disse.

 

Dom Giovanni Gaspari assegurou, no entanto, que a sua ausência em Angola e São Tomé vai ser apenas física, porque a força do Espírito Santo congrega os filhos e filhas de Deus.

 

O Núncio espera que os fiéis, sacerdotes,bispos e demais missionários possam preservar a tradição do crescimento das vocações sacerdotais, dos leigos e dos casados nas comunidades cristãs.

 

Na despedida em sua memória, Dom Giovanni lembrou, que durante a sua missão testemunhou vários acontecimentos, como sendo verdadeiros desafios para a fé e dos cristãos de hoje.

 

"De modo muito especial e ao Imaculado do Santíssimo, elevo as minhas orações para os povos e governantes de Angola e São Tome”, assegurando que deixa o país com muitas recordações bonitas.

 

Para o missionário "jamais se esquecerá das viagens”, pois foi possível partilhar com os humilhados, feridos pela vida e do lindo sorriso das crianças que sempre se mostraram presentes na minha missão.

 

Depois de uma missão de três anos no país, considerou boas as relações entre Angola e o Vaticano e defende que os laços de amizade, solidariedade e cooperação devem ser estreitados para o bem comum.

 

Testemunho de fé

 

A Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira considera Dom Giovanni como um símbolo de fé que nos deixa, por ter cumprido connosco momentos muito difíceis da Covid-19.

 

"Ele sempre foi uma presença espiritual e humana junto das pessoas mais vulneráveis e das mais sofridas. Deixa Angola, mas continuam no nosso coração e na nossa amizade”, fez saber a responsável.

 

Carolina Cerqueira, considerou que as relações profícuas entre a Santa Sé e o Estado Angolano, o estreitamento das relações diplomáticas são de simplicidade, humildade e de amor aos pobres.

 

Dom Giovanni Gaspari, foi nomeado em Março pelo Papa Francisco para exercer o cargo de Núncio Apostólico na Coreia e na Mongólia, em substituição de Dom Alfred Xuereb.

 

A celebração eucarística contou com a presença da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, Presidente da Assembleia Nacional, Ministros,Corpo Diplomático acreditado em Angola e fiéis Católicos.

 

Dom Manuel Imbamba, destacou na missa as qualidades e virtudes de Dom Giovanni, que durante a sua missão soube ser um verdadeiro representante do bispo de Roma.

 

O também presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), lembra que o Núncio deixa como marca do seu consulado, a nomeação do primeiro angolano como Núncio Apostólico.

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