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ONU prevê queda de 50% da população da China

A ONU prevê que a população da China desça dos actuais 1,4 mil milhões para 639 milhões, até ao final deste século, uma queda bem mais acentuada do que os 766,7 milhões previstos há apenas dois anos, indicou o relatório das Nações Unidas, publicado, sábado, em Nova Iorque.

22/07/2024  Última atualização 08H21
© Fotografia por: DR

Trata-se de um número optimista face a outras estimativas: investigadores da Academia de Ciências Sociais de Xangai previram que a China terá apenas 525 milhões de pessoas no final do século - uma queda de 62,5%.

Segundo dados oficiais, em 2023, a população chinesa diminuiu em dois milhões de pessoas, a segunda queda anual consecutiva.

Quando comparado a 2016, quando o país pôs fim à política de ‘filho único’, o número de nascimentos caiu de 17,86 milhões para 9,02 milhões, no ano passado - uma queda superior a 50%.

A política de ‘filho único’ reforçou a força de trabalho do país: com menos crianças, os jovens podiam ser mais produtivos.

Durante anos, quando a China estava a abrir a sua economia, a percentagem de chineses em idade activa cresceu mais rapidamente do que a parte da população que não trabalhava. Este foi um factor importante para a acelerada transformação do país nas últimas décadas, mas que ameaça agora converter-se num ónus à medida que essa geração envelhece.

O relatório das Nações Unidas ilustra a forma como a janela demográfica da China se abriu mais rapidamente e de forma mais acentuada do que noutros países em desenvolvimento, para depois se fechar com igual rapidez.

A população chinesa com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos - idade activa - cresceu mais rapidamente do que as crianças e os idosos nos anos que se seguiram à entrada em vigor da política. Antes da política de ‘filho único’ ser abolida, a trajectória já estava invertida. Em 2050, a ONU prevê que 31% dos chineses terão 65 anos ou mais. Em 2100, essa percentagem será de 46%, aproximando-se de metade da população.

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