Sociedade

ONU quer mais luta contra o preconceito

Flávia Massua

Jornalista

O representante do Fundo das Nações Unidas para a População em Angola (UNFPA) defendeu ontem, em Luanda, a importância dos governos criarem estratégias mais assertivas para inverter o fenómeno de violação dos direitos humanos, abuso sexual, preconceito e desrespeito contra as pessoas com deficiência.

24/04/2024  Última atualização 12H00
Director nacional para a Inclusão da Pessoa com Deficiência © Fotografia por: EDIÇÕES NOVEMBRO

Mady Biaye referiu, durante a abertura da "Consulta Pública sobre Pessoas com Deficiência”, realizada em Luanda, que é preciso aproximar, cada vez mais, o acesso da população aos serviços integrados de saúde sexual e reprodutiva, em particular nas mulheres.

No contexto nacional, ressaltou, os indicadores são desafiantes e apontou o combate à gravidez na adolescência, ao casamento precoce e à prevalência do VIH nos jovens, como os principais, cujas consequências afectam, de forma gravosa e desproporcional, as mulheres.

Inclusão

De acordo com o director nacional para a Inclusão da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), Micael Daniel, o país tem um registo de cerca de 700 mil pessoas com deficiência.

A situação da pessoa nesta condição, avançou, tem vindo a melhorar cada vez mais. O país, acrescentou, tem estado a desenvolver políticas multissectoriais de forma a garantir a materialização do diploma aprovado em Genebra, na Suíça, em 2023, para, em cinco anos, reforçar e acelerar todas as políticas em prol das pessoas com deficiência.

No quadro do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), o Governo criou um programa específico de Combate à Pobreza, que tem entre as prioridades os projectos virados ao empoderamento da mulher com deficiência e os direitos sexuais reprodutivos.

O MASFAMU, referiu, estabeleceu outras acções de apoio ao empoderamento de mães com filhos portadores de deficiência intelectuais.

Políticas

As reacções dos membros de diferentes associações de pessoas com deficiência foram unânimes ao defenderem estratégias mais expressivas nos domínios da acessibilidade, atendimento mais humanizado nos serviços de Saúde, Educação, formação profissional e informação, de maneira a garantir a melhoria do sistema de inclusão social.

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