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A Unidade de Informação Financeira (UIF) garantiu, segunda-feira, em Luanda, que o país tem realizado varias acções para melhorar as insuficiências registadas no combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa.
A garantia foi dada pelo director-geral da Unidade de Informação Financeira (UIF) de Angola, Gilberto Capeça, durante a abertura do curso sobre "Fundamentos do Financiamento da Proliferação de Armas para Angola”. O responsável esclareceu que o combate a estas práticas constitui a principal ferramenta para dar uma resposta coordenada a estes fenómenos.
Gilberto Capeça disse que os países estão preocupados com a proliferação de armas de destruição em massa, tendo referido que alguns estados são signatários de diversos tratados e acordos internacionais sobre a não proliferação de armas de destruição em massa e os diferentes tipos, como as armas biológicas, químicas, radiológicas e nucleares.
"Os países têm estado preocupados com a proliferação desse tipo de armamento, daí que nos últimos anos se tem trabalhado para controlar a produção, fundamentalmente, e a distribuição deste tipo de armas”, disse.
Destacou ainda a integridade do sistema financeiro, que tem procurado garantir um nível uniforme de eficácia a nível mundial na luta contra estas realidades, com vista a controlar qualquer tipo de armas de destruição em massa.
Gilberto Capeça considerou, ainda, que a comunidade internacional deve reflectir melhor no efeito da globalização, que facilita a transferência de tecnologia e aquisição deste tipo de armamento.
"A globalização, com toda a liberdade de informação, circulação de pessoas e bens, permite o acesso a matérias-primas de forma mais facilitada, como também o acesso simplificado ao conhecimento”, disse.
Angola
está sem casos de
proliferação de armas
O director-geral da Unidade de Informação Financeira de Angola assegurou que o país não tem registado até ao momento nenhum caso de proliferação de armas.
"Angola ainda não sente o fenómeno da proliferação de armas de destruição em massa”, informou Gilberto Capeça. O responsável explicou que as armas de destruição em massa são tipos de armas fabricadas a partir de agentes biológicos, de elementos radiológicos e agentes químicos.
"Estes tipos de armas são fabricados em alguns países, como por exemplo o Irão, a Rússia e outros países da Europa”, referiu. A coordenadora da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (ONUDC) em Angola, Manuela Carneiro, disse que Angola foi recentemente avaliada pelo Grupo de Combate ao Branqueamento de Capitais da África Oriental e Austral (ESAAMLG), tendo destacado que as avaliações mútuas são efectuadas para permitir que os países apresentem alterações positivas nos seus sistemas, em conformidade com as recomendações dos avaliadores.
"Esta segunda ronda de avaliações do ESAAMLG foi um desafio para quase todos os países da região e Angola não foi excepção”, explicou.
Manuela Carneiro fez saber que Angola está agora num período de observação, com um plano de acção para implementar. "Este projecto global reconhece os desafios deste processo e pretende apoiar os países na implementação de recomendações prioritárias”, ressaltou.
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