Política

País tem 70 milhões de metros quadrados

Nicolau Vasco|Menongue

Jornalista

O país continua a registar um total de 1.039 áreas conhecidas com cerca de 70 milhões de metros quadrados por desminar, com custos avaliados em 238 milhões dólares para o êxito do processo, reiterou, quinta-feira, na cidade de Menongue, o director da Agência Nacional de Acção Contra Minas (ANAM).

02/08/2024  Última atualização 08H00
Participantes na acção formativa sobre desminagem © Fotografia por: Edições Novembro
Leonardo Severino Sapalo falava no encerramento de uma acção de formação sobre a destruição de engenhos explosivos dirigida a 11 técnicos da ANAM das províncias do Bengo, Moxico, Uíge, Zaire, Namibe, Benguela, Huíla, Cuando Cubango, Lunda-Norte, Cuanza-Sul e Malanje.

O responsável sublinhou que entre as 18 províncias, o Cuando Cubango continua a ser a região mais minada do país, com 245 áreas, e na segunda posição está o Moxico, com 230 áreas contaminadas, e o Bié em terceiro, com 140 zonas, e o Cuanza-Sul está na quarta posição com 89 áreas ainda por desminar.

O director nacional da ANAM realçou que, não obstante as realizações e avanços significativos já conseguidos na árdua luta de deixar o país livre de minas, estes artefactos mortais e outros engenhos explosivos continuam a causar muito sofrimento, dor e morte no seio das comunidades.

O responsável entende ser necessário a criação urgente de condições para que as comunidades possam exercer livremente as suas actividades diárias, sem o temor de accionar minas, permitindo que as famílias vivam em paz e prosperem, conferindo também ao país maior capacidade de atrair novos investidores e atingir o desenvolvimento so cioeconómico almejado por todos. 

Leonardo Severino Sapalo reiterou que o Governo angolano, no quadro das suas responsabilidades políticas, sociais e económicas, está comprometido a trabalhar na mobilização de recursos financeiros, bem como em unir sinergias para que o país esteja brevemente livre de minas, de forma a facilitar a implementação de vários projectos económicos e sociais e garantir a circulação de pessoas e bens em todo o território nacional sem qualquer perigo de detonar engenhos explosivos.

O responsável reconheceu que tendo em conta à actual situação de minas em todo o país, a missão da remoção e destruição de engenhos explosivos ainda é uma tarefa bastante desafiadora e requer que os técnicos de desminagem continuem a ser capacitados para desenvolver melhor as suas actividades.

A vice-governadora do Cuando Cubango para o Sector Político, Social e Económico, Helena Chimena, disse que o processo de desminagem é uma componente fundamental dos esforços mais amplos que visam criar e expandir o desenvolvimento socioeconómico de Angola.

Helena Chimena, que é igualmente coordenadora provincial de desminagem, sublinhou que a realização da formação dos técnicos da ANAM representa um passo significativo na protecção e segurança na remoção e destruição de engenhos explosivos na província do Cuando Cubango e nas demais regiões do país.

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