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Partidos nacionalistas “conquistam” europeus

Uma projecção da Europe Elects sobre as eleições europeias, que decorrem dentro de um mês, dá a vitória ao Partido Popular Europeu (PPE) e confirma a subida de nacionalistas e populistas.

05/05/2024  Última atualização 10H00
Forças políticas tradicionais tentam manter no Parlamento © Fotografia por: DR

O bloco de centro-direita, que integra o PSD e CDS-PP, continuaria com a actual liderança, com 22,9% dos votos, enquanto o grupo Socialistas e Democratas (S&D), que inclui os eleitos do PS, manteria os 140 assentos, com 18,3%.

O terceiro lugar é disputado pelo grupo Renovar a Europa (RE, liberais, inclui a Iniciativa Liberal) e pelos Conservadores e Reformistas (ECR, nacionalistas conservadores), com a projecção, do último domingo, a atribuir 86 lugares a cada bancada.

Com este resultado (11,8%), os liberais perderiam 16 lugares (102 agora), enquanto o ECR, com 11,2%, ganharia 18 eurodeputados (face aos actuais 68). As projecções deste organismo, que analisa dados eleitorais elaboradas no fim de Abril para o jornal online Euractiv, mostram no entanto que a ID já teve resultados melhores: entre Dezembro e finais de Fevereiro, estimativas apontavam para 93 eleitos. Muito perto, o Identidade e Democracia (ID, que integra partidos de extrema-direita, e inclui o Chega) teria 9,9% dos votos, conquistando mais 25 eurodeputados, para um total de 84 lugares.

O Renovar a Europa teve o seu melhor resultado nas eleições de 2019, impulsionado pelo "grande entusiasmo em torno dos partidos políticos que imitavam o movimento [do Presidente francês, Emmanuel] Macron", mas que, entretanto, arrefeceu, até porque, recordou à Lusa Tobias Schminke, do Europe Elects, "estar no Governo durante uma crise de custo de vida é difícil e os liberais tendem a estar mais tempo no poder do que, por exemplo, a direita radical”.

Os liberais franceses deverão reduzir a presença no Parlamento Europeu de 23 para 17 lugares, os alemães do Partido Democrático Liberal (FDP) podem perder dois eurodeputados, enquanto se assistirá ao "colapso” do Ciudadanos espanhol, "um partido que se dividiu devido à cooperação governamental com a direita radical”.

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