A decisão saiu do Conselho Consultivo da Polícia em Luanda, que esteve reunido na sexta-feira, para analisar a situação da segurança pública na capital do país.

A meta, de acordo com os participantes, é evitar situações constrangedoras, capazes de criar embaraços durante o Censo 2024.

O encontro, que juntou os comandantes municipais e directores de vários departamentos da corporação, foi orientado pelo delegado e comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional, Francisco Ribas. No acto, o comandante pediu a criação de mais medidas estratégicas para redução da sinistralidade rodoviária no país.

O policiamento de proximidade nas centralidades, bem como, o plano de contingência e de patrulhamento, vigilância e informação das mortes no ramal da linha férrea são, disse, temas que preocupam a corporação.

Francisco Ribas reconheceu haver dificuldades na aplicação dos programas de ressocialização dos delinquentes para a sociedade.

A Polícia, referiu, tem constatado a existência diária de um número considerável de detidos soltos, por supostamente cometerem crimes violentos. "Estes indivíduos vão sendo ameaças para os moradores nas comunidades, o que requer um trabalho permanente e um controlo rigoroso da estatística criminal”, disse.

Para o comandante provincial de Luanda, os comandos municipais devem sempre envidar esforços na manutenção da ordem pública, através de medidas que inibam os marginais de circularem armados.

Cada comandante, aconselhou, deve gerir da melhor forma a segurança pública na circunscrição onde estiver colocado. "E uma tarefa que exige um melhor domínio do território operacional”.

Aos comandantes municipais pediu, igualmente, que redobrem a atenção ao vandalismo de bens públicos. "Devemos reflectir e reavaliar as medidas, a nível do Governo e das autoridades policiais, para a segurança, com êxito, dos patrimónios públicos”, assegurou.

Análise profunda

A sociedade, para o comandante de Luanda, deve abordar, com profundidade, os assuntos de segurança, tendo como referência a implementação de um modelo estratégico com metas pré-definidas, capaz de combater os diversos crimes.

Francisco Ribas defendeu, ainda, o asseguramento, urgente, do caminho-de-ferro de Luanda, de modo a evitar o colhimento de pessoas, assim como combater os infractores que têm arremessado pedras nas carruagens durante o percurso. 

"A unidade de Segurança dos Objectivos Estratégicos deve gizar medidas proactivas, para garantir a segurança dos passageiros durante a viagem”, defendeu.

Prioridades

A formação dos agentes, disse, é, também, uma das prioridades da corporação, para elevar o grau de operatividade e garantir maior organização na actuação das forças durante as missões incumbidas.

Durante o encontro, o comandante provincial de Luanda disse que existe um trabalho aturado em torno da promoção dos agentes, com tempo de serviço acima dos 30 anos.