"Os objectivos que tínhamos para este dia, podemos considerar cumpridos, tendo em conta a abrangência que tivemos no recenseamento dos sem-abrigo e, claro, o exercício vai continuar”, sublinhou.

Sem avançar o número completo de habitantes localizados e catalogados até ao final do dia de ontem, o director-geral do INE informou que na província de Cabinda foram identificados cinco pontos de sem-abrigo, na Huíla seis, no Cuando-Cubango 4, no Moxico 13, na Lunda-Norte 12, no Uíge 6, em Benguela 6, e na Lunda-Sul 8.

Ainda ontem, frisou José dos Santos Calengi, os recenseadores tiveram a oportunidade de registar entidades políticas, nomeadamente governadores e vice-governadores, magistrados do Ministério Público, administradores municipais, reitores de universidades, dentre outras.

No entender do director-geral do INE, a inclusão de entidades políticas no primeiro dia do recenseamento demográfico foi uma estratégia que vai permitir a mobilização necessária para a adesão da população ao processo censitário.

Agregados familiares

Relativamente à contagem nos agregados familiares nas comunidades, o responsável do INE referiu que estão a fazer os devidos ajustes do ponto de vista da localização dos agentes de um lugar para outro, bem como a distribuição de equipamento para que se efective o processo.

O director-geral do INE adiantou que, além dos ajustes geográficos e da logística, ainda não se concluiu a catalogação de todos os pontos de sem-abrigo nas 18 províncias.

"A partir do momento em que terminarem as questões ligadas aos sem-abrigo, instituições colectivas, nomeadamente unidades penitenciárias e religiosas, os recenseadores vão poder ir ao encontro dos agregados familiares”, assegurou o responsável do INE.

Constrangimentos registados

Em relação aos constrangimentos registados até ontem, no que diz respeito à distribuição geográfica dos técnicos, bem como dos equipamentos, José dos Santos Calengi disse que o início de qualquer empreitada, como o Censo, acarreta sempre complexidades.

Porém, continuou, o INE está a trabalhar no sentido de melhorar algumas situações e que ao longo de todo o processo vai continuar a aperfeiçoar cada vez mais, para se atingirem os objectivos preconizados, em termos de dados estatísticos em todo o país.

Duração do processo

A recolha de dados vai ter a duração de 30 dias, abrange os 164 municípios, 562 comunas, distritos, bairros e aldeias das 18 províncias do país, tanto nas áreas urbanas como nas rurais.

A operação envolve mais de 92 mil profissionais, entre logísticos, motoristas, recenseadores e assistentes técnicos, que vão chegar até às zonas mais recônditas, com o apoio das Forças de Defesa e Segurança. O processo decorre sob o lema "Juntos contamos por Angola”.