A recolha de dados terá a duração de 30 dias e vai abranger os 164 municípios, 562 comunas, distritos, bairros e aldeias das 18 províncias do país, tanto nas áreas urbanas como nas rurais
A secretária de Estado para a Administração do Território disse, segunda-feira, na cidade do Huambo, que o Executivo angolano quer uma comunicação social mais rigorosa em termos de governação local.
A produção do tomate em grande escala, no município do Bailundo, permitiu ao jovem empreendedor Dinis José Máquina afirmar-se no mundo da agricultura, na fazenda “Agro-Mikiss”.
O também estudante do 3º Ano do curso de Agronomia, na Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade José Eduardo dos Santos (UJES), na Chianga, no Huambo, é proprietário de uma fazenda, cuja linhagem principal é a produção de tomate em grandes quantidades, que é vendido em grandes superfícies comerciais dentro e fora da província.
Com uma média de produção de 80 toneladas de tomate por ano, Dinis José Máquina abastece cereais em várias superfícies comerciais de dentro e fora da província do Huambo e nos próximos tempos pretende ampliar a zona de cultivo.
O fascínio que tem em trabalhar no campo é, para si, uma "paixão sem explicação”, que lhe veio desde tenra idade, daí decidiu, por incentivo da família e amigos, abraçar a actividade da agricultura no município do Bailundo, província do Huambo, e elegeu a produção de tomate como o seu forte.
O jovem empreendedor do campo, falando ao Jornal de Angola, explicou que, a fazenda "Agro-Mikiss” foi projectada com as primeiras vendas de tomate. No passado, trabalhava num terreno de dois hectares e meio arrendado, porque, na altura, o dono não queria vendê-lo, onde já colhia mais de oitenta toneladas desta hortícola por ano, o que lhe deu força para continuar naquele espaço.
A boa produção de tomate levou-o a insistir com o dono do terreno na sua venda do espaço. Conseguiu convencê-lo a despachar o espaço, passando hoje para 65 hectares de área total.
Neste momento, estão a ser explorados apenas 30 hectares, estando 6 para a produção de tomate e o restante, com diversos hortícolas nomeadamente, o repolho, quiabo, couve, cebola, beringela, bróculos, alface, pepino, alho, pimento e outras culturas como, milho, feijão batata rena, doce, soja, trigo e citrinos, onde a caixa de tomate começou a ser comercializada a 23 mil kwanzas.
Abertura
do mercado
O jovem empreendedor Dinis José Máquina revelou que, a sua fazenda fornece ao Supermercado Shoprite 300 a 400 quilos de tomate por semana, além de outros clientes particulares que, também tem contratos com alguns supermercados em Luanda, fazendo chegar o seu produto aos supermercado Alimenta Angola e Kibabo.
Além de abastecer o mercado local como, a praça da Quissala, vulgo Alemanha, o mercado municipal do Huambo e da cidade Alta, bem como outras províncias vizinhas, com realce para Benguela, Huíla e Cuando Cubango.
"Ainda sinto que, o que é produzido na fazenda Agro-Mikiss, não é suficiente para abastecer e satisfazer as necessidades de todos os clientes. Queremos produzir mais, para abranger os demais mercados”, revelou.
O jovem empreendedor, quer crescer para ganhar alguma visibilidade no mercado interno e ter abertura para a exportação.
Dinis José Máquina justificou que a procura do seu produto é tanta, sobretudo daquelas pessoas que precisam de vender o tomate, por ser um produto que apesar de caro é fácil de produzir lucro.
"Temos muitos clientes que solicitam o produto, daí, existir necessidade de se aumentar a produtividade de certos produtos na fazenda, com base nos pedidos dos compradores da casa”, disse.
O homem ligado ao campo, sublinhou que o sucesso do negócio depende não só da experiência e da capacitação produtiva, mas também da busca de informações e orientações sobre a comercialização dos produtos.
Para o produtor, é importante identificar os problemas e oportunidades ligadas ao sector rural e transformá-los em soluções benéficas, para o crescimento sustentável do negócio.
"O empreendedor rural pode oferecer serviços, vender produtos, prestar consultoria, proporcionar empregos, criar aplicativos ou software de auxílio à lavoura”.
Revelou que para empreender é importante planear. No campo não é diferente. O passo mais importante é a elaboração de um plano de negócios, que vai direccionar o jovem e ajudá-lo a vencer os desafios da zona rural.
Nesse processo, segundo o jovem empreendedor, o melhor regime de formalização é seguir a legislação exigida para cada cadeia produtiva e as respectivas vantagens.
Dinis José Máquina disse que, actualmente é possível ter acesso a políticas de crédito, de comercialização, de acesso à terra, financiamento, apesar de que ainda não ter acesso a nenhum crédito.
Motivação
O que motivou o jovem agricultor a apostar no agronegócio, é a vontade de contribuir na produção nacional e diminuir as importações dos produtos alimentares, como é o caso da fuba de milho, a farinha de trigo, massa alimentar e outros.
"Aqui
também podemos produzir o suficiente, basta haver boas políticas de apoio da
banca, para diversificar a economia, combater as importações e minimizar a fome
e a pobreza”.
Perfil
Nome: Dinis José Cordeiro Máquina
Idade: 38 anosNaturalidade: Huambo
Estado Civil: Solteiro
Filhos: Quatro
Morada: Cidade
do Huambo
Ocupação: Agricultor
e estudante universitário
Formação: 3º Ano do curso de Agronomia, na Faculdade de Ciências Agrárias (FCA)
Sente-se realizado?: "Não, tenho ainda muitas metas para alcançar na vida”Tem carro próprio: Sim
Casa:Tenho
Vício:Trabalhar, trabalhar…
Gostos: Leitura
Comida:Churrasco
com batatas fritas e legumes
Boa companhia: Estar com a família
Bebida: Água e sumos, de preferência naturais
Sonho: Crescer cada vez mais, para atingir outros patamares
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