A RDC é o epicentro de uma estirpe mais mortal do vírus que surgiu no ano passado e que se espalhou para cerca de 12 outros Estados africanos, com casos confirmados em pelo menos 3 países fora do continente.

A Organização Mundial da Saúde declarou, na semana passada, a propagação da nova estirpe uma Emergência  de  Saúde Pública de preocupação internacional. O Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças afirma que as doses da vacina deverão chegar em breve, uma promessa da União Europeia, do fabricante de vacinas Bavarian Nordic, dos Estados Unidos e do Japão. O centro afirma que tem trabalhado em estratégias de logística e comunicação com países que sofrem surtos de Mpox, a fim de facilitar a implementação.

O director-geral, Jean Kaseya, disse que era importante confirmar que tudo está devidamente colocado para garantir que as vacinas sejam armazenadas com segurança e administradas correctamente. O número total de casos em África aumentou para quase 19 mil desde o início de 2024, o que representa mais de 90 por cento dos casos na RDC.

No entanto, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu, ontem, uma ajuda de 18,5 milhões de dólares para serviços "cruciais e urgentes" aos migrantes e populações em risco de contágio com Mpox.

Num comunicado, a OIM alerta para a situação dos migrantes, deslocados internos, "populações altamente móveis da região", que tendencialmente correm um risco muito maior de infecção pela doença, devido às condições de vida, que podem "limitar o acesso à saúde e aos cuidados médicos".