Sociedade

Registados cerca de cinco mil acidentes de trabalho

Yara Manuel |

Jornalista

Cerca de cinco mil acidentes de trabalho foram registados no país, no período compreendido entre 2021 até ao primeiro trimestre deste ano, o que causou mortes e feridos, informou, ontem, em Luanda, um dos técnicos da Inspecção Geral do Trabalho.

26/04/2024  Última atualização 10H55
Particpantes ao encontro trocaram experiências com diversas entidades empregadoras © Fotografia por: DR

Mário Tavira teceu as considerações durante a primeira conferência sobre a Saúde no Trabalho e Ambiente, que decorreu no anfiteatro da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) e termina hoje.

O inspector fez saber que com o surgimento de novas empresas e, consequentemente, mais trabalhadores aumentou o número de acidentes de trabalho  pelo que a Inspecção Geral do Trabalho vai trabalhar mais  para consciencializar e incentivar a cultura de segurança e saúde no trabalho em Angola.

Mário Tavira adiantou, ainda, que a Inspecção Geral do Trabalho tem realizado visitas para verificar as condições de trabalho dadas pelas empresas aos trabalhadores.

"Quando há uma violação ou falta de condições, recomendamos um prazo para que as instituições modifiquem o seu ambiente de trabalho e se, mesmo assim, a empresa não apresentar melhorias, é multada", afirmou.

O coordenador da referida conferência, Júlio Pascoal, disse que o objectivo do encontro é trocar experiências com as empresas, devido ao crescente número de acidentes registados nas companhias.  "O reforço nas medidas de prevenção e a análise de riscos podem ser um ponto de partida para minimizar o número de acidentes", salientou. A conferência com duração de dois dias, conta com a participação de cerca de 200 pessoas, representantes de  várias empresas, dos sindicatos, das associações profissionais, das universidades, e  Organizações Não-Governamentais.

Os participantes estão a partilhar experiências sobre boas práticas entre os diversos agentes do sector eléctrico, incluindo entidades públicas, empresas, sindicatos, associações profissionais e universidades. O encontro visa, ainda, sensibilizar os trabalhadores e e a sociedade civil a fim de contribuir para a definição de uma estratégia para o sector de energias e águas, sendo um dos pilares da economia nacional e que enfrenta diversos desafios no contexto das transições ecológica, digital e demográfica.

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