Coronavírus

Reino Unido disposto a fornecer “certificados” de vacinação

O Governo britânico está disposto a fornecer “certificados" de vacinação para viagens internacionais se forem exigidos por outros países, mas descartou o uso interno, afirmou ontem o secretário de Estado responsável pelo programa de imunização contra a Covid-19, Nadhim Zahawi.

17/02/2021  Última atualização 07H40
Nadhim Zahawi, secretário do Estado © Fotografia por: DR
"Alguns países começaram a exigir um certificado de vacinação, como fazemos agora com os testes de Covid-19 antes de viajar”, explicou, em declarações à estação britânica ITV.
Segundo Zahawi, alguns países só admitem a entrada de pessoas se tiverem algum tipo de atestado que comprove que foram vacinadas contra o coronavírus. "Vamos tentar facilitar isso ao indivíduo" que o peça, disse.

Israel anunciou nos últimos dias ter chegado a acordos de princípio com a Grécia e o Chipre para permitir a circulação sem restrições de cidadãos vacinados contra o novo coronavírus entre os respetivos países, enquanto na Europa, Suécia e a Dinamarca já anunciaram a criação de certificados de vacinação digitais para viagens ao estrangeiro, à semelhança da Islândia. Zahawi vincou, no entanto, que os chamados "passaportes de vacinação” não serão usados no Reino Unido a nível interno para permitir aliviar as restrições em vigor.

"Não estamos a avaliar os passaportes de vacinação para a nossa economia nacional. Acho muito melhor vacinar toda a população adulta, oferecer a vacina, o quanto antes, até Setembro”, acrescentou.
O plano de imunização britânico, iniciado em 8 de Dezembro de 2020, completou a primeira etapa de administrar uma primeira dose a 15 milhões de pessoas dos quatro primeiros grupos prioritários e entrou na segunda-feira numa nova etapa, iniciando a vacinação de maiores de 65 anos.

As autoridades de saúde estão confiantes de que todos com mais de 50 anos receberão a primeira dose até o final de Abril e a totalidade dos adultos até Setembro.
O jornal The Times noticiou ontem que os efeitos do programa de vacinação já começaram a ser sentido em termos de redução das hospitalizações, mortes e transmissão do coronavírus.

Ao comparar os casos de idosos que receberam a vacina com os que não receberam, dados preliminares sugerem que o plano de imunização está a reduzir os internamentos e mortes por Covid-19.
Outro estudo feito com profissionais de saúde vacinados também mostrou baixos níveis de infecção, o que mostra que as vacinas reduzem a transmissão.

O jornal The Times refere que se tratam de dados preliminares baseados principalmente na vacina da farmacêutica Pfizer. A outra vacina usada no Reino Unido é a da AstraZeneca.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu na segunda-feira existirem sinais "interessantes" de que as vacinas estão a funcionar, mas disse que iria agir "com cautela” no alívio das restrições actuais para conter a pandemia covid-19 no país.

O número de infecções diárias caiu 29% nos últimos sete dias no Reino Unido, que na segunda-feira relatou 9.765 novos casos positivos, contra 10.972 no domingo.

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