O representante do secretário-geral da ONU para a África Central defendeu hoje em São Tomé e Príncipe uma reflexão profunda sobre estratégias para antecipar e prevenir mudanças inconstitucionais no continente, referindo-se ao reaparecimento de casos desde 2020.
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos considerou, esta segunda-feira, que o ex-presidente e candidato republicano à reeleição, Donald Trump, tem imunidade parcial pelas acções que cometeu enquanto estava na Casa Branca. Ainda assim, não é imune por "atos não oficiais".
Nos corredores da alta diplomacia ainda se sente o eco das palavras do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, ao se manifestar constrangido com a permanência da Rússia nas Nações Unidas, a quem acusa de ser uma ameaça mundial e de práticas inadmissíveis, injustas e desproporcionais na guerra, como o uso de alimentos como arma.
O Chefe de Estado ucraniano, que participa presencialmente pela primeira vez no Debate da Assembleia-Geral das Nações Unidas, depois de ter feito de forma virtual na sessão do ano passado, tem uma agenda cheia de contactos com líderes mundiais e congressistas norte-americanos, além do inevitável encontro com o Presidente "anfitrião” Joe Biden. Volodymyr Zelensk manteve já um encontro com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e, comenta-se, que vai trocar impressões como o Chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, depois de a primeira tentativa ter falhado.
Em Nova Iorque, perante os líderes mundiais, no discurso na Assembleia-Geral da ONU, Volodymyr Zelensk apelou a mais apoio à Ucrânia, à medida que o país continua a travar uma contraofensiva contra a Rússia. Lembrou que após a dissolução da União Soviética a Ucrânia desmantelou o arsenal nuclear. Adiantando que "a Rússia mantém o seu, mas não deveria porque é um país terrorista”.
Nesta intervenção diplomática, reforçou ainda o calibre de carácter mundial da ameaça russa, afirmando que "o país serve-se de qualquer argumento como arma nesta guerra contra a Ucrânia: desde os produtos alimentares, passando pela ameaça nuclear, até às deportações de crianças ucranianas para a Rússia”.
O líder da Ucrânia quis, também, reunir apoio para uma proposta de paz que tem vindo a promover desde a sua intervenção na Assembleia-Geral da ONU, no ano passado, e procura soluções para a crise de fornecimento alimentar provocada pela guerra com a Rússia.
Incerteza na busca de mais financiamento à guerra
O republicano Byron Donalds, da Câmara dos Representantes, em entrevista ao portal de notícias Recount, disse que o Congresso não tem dinheiro para Zelensk. "A primeira coisa que vou dizer para vocês é que neste momento não há dinheiro para a Ucrânia na Câmara dos Representantes. Não há", declarou.
O congressista acrescentou que este "não é um bom momento" para Zelensky visitar os Estados Unidos. Donalds apontou, também, para o déficit orçamentário dos EUA e referiu ser preciso parar com a estratégia de alimentar o conflito na Ucrânia.
"Falando francamente, temos um déficit de dois trilhões de dólares. Qualquer dinheiro que dermos à Ucrânia, estamos a emprestar de nosso futuro. Estes são os factos", acrescentou.
Anteriormente, o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, afirmou que, numa reunião com Zelensky, não lhe vai garantir uma nova fase de financiamento, e que exigirá prestação de contas pela ajuda de Washington a Kiev.
Kevin McCarthy disse que vai exigir prestação de contas a Volodymyr Zelensky. "Não vou prometer nada. Tenho perguntas para ele: onde estão os relatórios sobre o dinheiro que já gastamos, qual é o plano para alcançar a vitória? Acho que isso é o que o público norte-americano quer saber", disse o parlamentar, a jornalistas.
A declaração foi dada após o parlamentar ser questionado se assumiria novas obrigações financeiras na reunião que terá com Zelensky, marcada para hoje. Na entrevista, McCarthy acrescentou que quer ouvir de Zelensky quais são os planos para a vitória.
A Casa Branca pediu ao Congresso 24 milhões de dólares adicionais em ajuda à Ucrânia, que já recebeu de Washington mais de 100 mil milhões, desde Fevereiro de 2022. A assistência adicional visa contribuir para a contraofensiva lançada em Junho pelas Forças Armadas da Ucrânia.
A ajuda financeira enviada pelo Governo norte-americano tem se tornado cada vez mais alvo de discussão entre congressistas e vem minando o apoio à candidatura do Presidente Joe Biden à reeleição entre seus próprios aliados do partido Democrata.
Intitulada campanha de verão, a contraofensiva ucraniana foi lançada em Junho, porém não obteve resultados em avançar na linha de combate. No início deste mês, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a contraofensiva ucraniana falhou, e destacou que a Ucrânia sofreu 71 mil baixas. Analistas ocidentais também destacam que a contraofensiva ucraniana não obteve sucesso em nenhuma das frentes.
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