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O Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) lançou quinta-feira, em Luanda, a operação “Maré Baixa”, que tem como objectivo a redução do número de afogamentos nas praias, rios e lagoas do país.
Durante uma parada, o oficial comissário exortou os efectivos a dialogarem com os banhistas, no sentido de prevenir os afogamentos, essencialmente de crianças.
O porta-voz do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, superintendente Wilson Baptista, disse ao Jornal de Angola que no ano passado aquele órgão do Ministério do Interior registou 663 mortes por afogamento, nas zonas balneares. O oficial superior explicou que no primeiro trimestre do presente ano registaram-se 209 mortes por afogamento, aumentando assim o número de casos em relação a igual período do ano anterior.
Wilson Baptista considerou que o número de mortes registado no ano passado é preocupante, e estão a trabalhar para ajudar a reduzir os riscos de afogamentos em zonas balneares.
Em Luanda, existem praias proibidas para banho e outras abertas ao público, sendo que os cidadãos devem evitar retirar a sinalização no espaço balneário, por servir para instruir as pessoas. "Os cidadãos devem tomar banho em locais onde haja presença de bombeiros nadadores-salvadores para a sua própria segurança”, disse.
Por norma, as pessoas vítimas de mortes por afogamento têm idades compreendidas entre 9 e 25 anos, sendo que a maior parte não sabe nadar.
Para esta operação, equipas especializadas de bombeiros foram mobilizadas para trabalharem na entrada da Ilha, para aconselhar as crianças a não entrar na água e evitar os afogamentos.
O porta-voz dos Bombeiros apelou aos jovens para evitarem as zonas balneares em estado de embriaguez, depois de usarem drogas ou consumirem alimentos pesados, devendo neste último caso aguardar uma hora para melhor digestão e só depois disso ir ao mar.
Afirmou que o meio aquático é um local de risco, pelo que os bombeiros nadadores-salvadores têm a missão de vigiar os banhistas, uma vez que os afogamentos ocorrem de forma célere.
O responsável disse, por outro lado, que o número de nadadores-salvadores é insuficiente para acudir toda a costa marítima, devido à sua longa extensão, sendo este um assunto que o Ministério do Interior está a resolver.
A "Operação Maré Baixa”, que termina domingo, é uma iniciativa do Serviço de Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, visando baixar os índices de afogamentos em toda o país. Ela vai juntar um número considerável de efectivos nadadores-salvadores e outras especialidades nos perímetros que dão acesso às praias, para que, neste fim- de-semana prolongado, possam reduzir o número de afogamentos no país.
As estatísticas mostram um aumento do número de afogamentos nas zonas balneares e dentro de casa, em tanques de água e em piscinas.
Os efectivos envolvidos nesta campanha vão prestar especial atenção às crianças que se fazem às praias sem o acompanhamento de adultos. A ideia é também prevenir as mortes por não saber nadar.
Adiantou que há cidadãos que preferem fazer praia em zonas onde há presença dos nadadores-salvadores devido à possibilidade de serem socorridos pelos profissionais em caso de iminente afogamento.
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