Economia

Siderúrgica do Cuchi vai aumentar produção do ferro gusa

Lourenço Bule | Menongue

Jornalista

A Companhia Siderúrgica do Cuchi (CSC), na província do Cuando Cubango, prevê plantar até ao final deste ano cerca de dois milhões de mudas de eucaliptos para garantir o aumento de tecido de carvão e, consequentemente, do ferro gusa, revelou o director-geral de produção da empresa.

29/04/2024  Última atualização 10H00
Gestores apostam na plantação de árvores de substituição © Fotografia por: DR

Wilton de Oliveira fez estas declarações à imprensa no final da visita recente que os magistrados do Ministério Público realizaram à CSC, no âmbito das actividades do 45º aniversário da institucionalização da PGR.

Disse que para se atingir esta cifra serão construídos no decurso deste ano mais sete viveiros, perfazendo um total de oito, numa área de 10 mil hectares.

Wilton de Oliveira explicou que os oito viveiros na CSC poderão plantar anualmente um a dois milhões de eucaliptos, para não prejudicar a floresta do Cuchi e garantir a produção contínua de carvão e do ferro gusa. 

O responsável indicou que no ano passado foram plantadas cerca de 35 mil mudas de eucaliptos e no primeiro trimestre deste ano atingiu-se a cifra de 150 mil plantas.

"Na verdade, estamos a explorar uma mata nativa de eucaliptos e a medida que realizamos os cortes estamos a fazer a repovoação florestal, para que nos próximos anos possamos ter mais matéria-prima para produção de carvão que é usada na produção de ferro gusa no alto- forno instalado no CSC”, disse.

Wilton de Oliveira explicou também que a adaptação da planta do eucalipto tem sido razoável com o solo do município do Cuchi e tem uma média de três a quatro anos para atingir até à fase de corte para a produção de carvão.

Segundo o gestor, a CSC possui um total de 1.490 funcionários, entre angolanos e brasileiros, sendo 1.200 na fazenda de fabricação de carvão e plantio de eucaliptos, 230 na fábrica de produção de ferro gusa e 60 na mina do Cutato. Disse ainda que por falta de alguns materiais, actualmente a CSC produz cerca de 500 metros cúbicos de carvão por dia em 940 fornos, contra os 700 metros cúbicos previstos diariamente. Acrescentou que está previsto nos próximos dias a construção de mais de 200 fornos para aumentar a capacidade de produção do carvão.

De acordo com Wilton de Oliveira, existem várias empresas de direito angolano, como é o caso da Nova Cimangola SA e da Cimento Forte, especificamente, na aquisição da escória, que é um produto usado também no tecido de cimento.

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