Economia

Subida do preço de produtos preocupa consumidores

Estácio Camassete | Huambo

Jornalista

A população do Huambo mostra-se preocupada com a subida dos preços dos principais produtos da cesta básica, nas últimas semanas, o que deve merecer alguma fiscalização para conter a situação.

12/03/2021  Última atualização 13H00
© Fotografia por: DR
Numa ronda da equipa de reportagem do Jornal de Angola em diferentes lojas, armazéns e mercados informais, constatou-se a apreensão dos  clientes que se mostraram pouco capazes em fazer face à subida exagerada dos preços dos bens industriais e até dos produtos localmente produzidos.
Na zona dos armazéns de venda de bens industriais, conhecida por Kalumenhe, sector Xavier Samacau,   Madalena Rebeca, trabalhadora doméstica, usava a máquina calculadora do seu telefone para acertar a sua engenharia nas contas, que não davam certas, porque precisava comprar um saco de arroz, uma caixa de óleo, uma caixa de massa, uma quadra de sabão e outros ingredientes.

Ela tinha 30 mil kwanzas e com este dinheiro, actualmente, "não é possível fazer este tipo de compras porque os preços redobraram e a situação está difícil”, disse.
Na impossibilidade de comprar tudo que tencionava, Madalena disse ter dado prioridade a um saco de arroz por 14 mil kwanzas e uma caixa de óleo vegetal que saiu por 15.500 e o resto ficou para outra oportunidade.
"Estou preocupada com as coisas. Tudo a subir e o dinheiro não chega para nada”, desabafou .   

Margarida Kassoma,  funcionária pública, manifestou a sua insatisfação por causa dos preços elevados dos produtos de primeira necessidade e disse que nos últimos meses o seu salário só chega para comprar comida e mais nada e se esqueceu de dar continuidade aos outros projectos em carteira.
Kassoma referiu que fez compras num dos armazéns da cidade baixa e confessa não ter gostado do que viu pois, anteriormente, gastava 40 mil para suprir as suas necessidades e agora o valor triplicou para 130 mil, para os gastos mensais para a sua família.

Passámos  numa das lojas da zona do Kalumenhe e um dos responsáveis, mesmo sem aceitar dar entrevista, permitiu o acesso à tabela de preços estampada nos  produtos e verificou-se que um saco de arroz de 25 quilos, em função da qualidade, os preços variam entre  os 12.500 e os 14 mil, enquanto um saco de 50 quilos de açúcar custa 23 mil, a caixa de óleo 15. 500 kwanzas, massa alimentar 4 mil, uma lata de leite em pó a 11. 500.

E no mercado informal da Quissala conhecido por "Alemanha”, os preços também dispararam, passando a ser uma alternativa longe da melhor expectativa.Por exemplo, o quilo de fuba de milho custa 360 kwanzas, feijão mil e 100 kwanzas, litro de óleo varia de 1250 a 1500, açúcar 600, arroz 650 e óleo de palma por 2000. Quanto às hortícolas, três cabeças de repolho com peso quase de um quilo custa 2 mil kwanzas, dez tomates médios 500 kwanzas, um pé de alface de tamanho médio custa 100 a 150 kwanzas, enquanto um quilo de cebola fica a mil kwanzas.


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