A Polícia Nacional em Luanda desmantelou esta quarta-feira, uma rede de supostos malfeitores composta por cinco elementos, dos quais dois foram detidos, acusados de clonagem de cartões multicaixas e transferências fraudulentas de valores monetários.
A Polícia Nacional, em Luanda, deteve, sábado, dois cidadãos, por supostamente terem participado na morte, por agressão física na via pública, do músico gospel Caleb Nzinga, 24 anos, ocorrida na rua da Frescura, Bairro da Petrangol, Distrito Urbano do 11 de Novembro, município do Cazenga.
O músico foi morto,na quinta-feira, de forma brutal, com arremessos de blocos, pedras, garrafas, paus, tendo perdido a vida no Hospital Josina Machel,onde foi levado de urgência para receber assistência médica.
O porta-voz da Polícia em Luanda, superintendente-chefe Nestor Goubel, explicou ao Jornal de Angola que Caleb Nzinga trabalhava numa casa de apostas desportivas e conheceu uma jovem, numa igreja, e ambos se tornaram amigos. A rapariga pretendia fazer uma aposta desportiva (jogo angofoot )e pediu emprestado dinheiro a Caleb Nzinga, para devolver momentos depois, o que não aconteceu.
O músico insistiu junto da amiga que devolvesse o dinheiro para apresentar a conta certa à empresa, acabando por ir ao encontro dela, em casa desta, de modos a obter os valores, cuja quantia não foi revelada.
Segundo Nestor Goubel, diante da resistência em devolver os valores, o músico resolveu levar o telefone da acusada, como garantia, para que a mesma no dia seguinte devolvesse o dinheiro emprestado. "Só que ela foi muito astuta, uma vez que quando o Caleb fez o gesto de receber o telefone, a moça grita gatuno, gatuno”, disse.
Nestor Goubel explica que alguns jovens do bairro saíram de casa e começaram a agredi-lo de forma cruel, com recurso a objectos contundentes, fazendo com que perdesse os sentidos. Diante da surra, o músico disse que não era gatuno, mas os cidadãos, enfurecidos, optaram por fazer justiça por mãos próprias, maltratando o jovem, cujas imagens correm nas redes sociais.
A agressão foi presenciada pela acusada e transeuntes, segundo Nestor Goubel. O músico Caleb foi ainda levado ao Hospital Josina Machel, onde acabou por morrer.
Nestor Goubel fez saber que a Polícia Nacional continua a realizar diligências para proceder à detenção de outros indivíduos que participaram na morte do jovem Caleb Nzinga.
O oficial superior da Polícia Nacional apelou aos cidadãos para evitarem fazer justiça por mãos próprias, recorrendo sempre às forças e serviços de segurança para dirimir conflitos, de modo a não serem detidos e responsabilizados criminalmente.
Reacções
à volta da
morte do músico
A morte de Caleb Nzinga provocou uma onda de indignação e repúdio por parte de cidadãos, que ao visualizarem o vídeo nas redes sociais manifestaram solidariedade para com a família do malogrado. Caleb Nzinga, segundo familiares, deixa um filho menor. Uma marcha de protesto foi realizada sábado, na rua onde Caleb foi agredido, obrigando o reforço da segurança na residência onde vive a devedora e que está supostamente na origem do espancamento e morte de Caleb.
A pastora Indira de Almeida afirmou nas redes sociais que não conheceu pessolemente o músico Caleb, mas ficou chocada pela forma brutal como aquele "homem de Deus” foi morto e mostrou-se disponível para ajudar a família na organização das exéquias, sendo que foi aberta uma contribuição financeira mediante transferência bancária para que se dê um funeral digno ao malogrado.
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