A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, testemunhou, sábado, o lançamento de um livro de carácter religioso, cuja iniciativa foi sua e visa homenagear o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto.
Tomás Camba, jovem angolano que reside no Brasil há 13 anos, fundou, em 2020, a Editora Quitanda, que já publicou mais de 60 títulos que abordam questões de espiritualidade, identidade, cultura e justiça social.
Augusto Chakaya, um dos exímios do semba, que foi a enterrar na sexta-feira, foi homenageado, no mesmo dia, no Palácio de Ferro, durante a primeira edição do projecto musical “O Semba: No Conceito Endógeno de Tradição e Modernização”, que vai decorrer até ao dia 22 do corrente mês, em Luanda.
A promoção do semba serviu, igualmente, de pesquisa para vários estudiosos e dois turistas americanos, que apreciavam diferentes ângulos e sonoridades do estilo e tiravam várias ilações.
Para fazer as honras da casa, o grupo de rebita Novatos da Ilha, Prémio Nacional de Cultura e Artes de 2015, na categoria de dança, interpretou o tema "Gondobela”, que mereceu vários aplausos do público. Na sequência, a Banda Maravilha, que abrilhantou os apreciadores do semba com dois temas.
A cantora Tunicha Miranda interpretou duas músicas do cancioneiro angolano. A primeira canção narra a vida e obra do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto.
Para dar continuidade, Filipe Mukenga interpretou "Balabina”, uma das suas primeiras composições da carreira e terminou com uma canção sobre o semba. "No que diz respeito aos conteúdos, a música para mim é transmissão de conhecimentos e cultura. Por isso, tenho a máxima atenção aos conteúdos”, disse.
Gil de Sousa, jovem promessa, destemido, juntou-se com determinação e coragem aos "kotas” para interpretar com ousadia duas músicas com o suporte da Banda Maravilha. Pela actuação, mereceu o reconhecimento e aprovação dos mais entendidos sobre o estilo semba. O jovem, criou espanto no público pela actuação e a segurança na interpretação dos temas.
Um intervalo de três minutos foi o suficiente para a entrada triunfal do "veterano” Carlos Lamartine. O músico cantava e num coro improvisado, o público de "olhos fechados” acompanhava o tema "Pala ku nu abesa o Muxima”. Terminou a sua participação com uma proposta nova que aborda a beleza e os encantos de Luanda.
Lulas da Paixão, que não deixou os créditos em mãos alheias, mostrou ao público que ainda está em forma dando vários toques e cantou desde o princípio ao fim com o público nos temas" Nguami Maka” e "Garan”.
A cantora Dina Santos, que apresentou a canção "O Nosso Anel”, admitiu que enquanto não produzir novas músicas, cantará somente as antigas. Durante a abertura, o ministro da cultura, Filipe Zau, que agradeceu a participação dos convidados, explicou que o espírito da actividade durante os três dias, será de inovação e interacção.
O primeiro momento, explicou, foi pelo facto do país estar a celebrar mais um ano natalício de Agostinho Neto. Nas vestes de artistas, recitou um trecho do poema "Havemos de Voltar". "Este esforço foi feito no âmbito da criação do semba a Património Imaterial Nacional e que neste momento, estamos a fazer todo o trabalho para que muito em breve, como já acontece com o fado (Portugal) e outros estilos, a tornar-se a Património Cultural Mundial e Imaterial da humanidade pela UNESCO”.
Filipe Zau acrescentou, igualmente, que estão a trabalhar no sentido de dar visibilidade ao ritmo. "Gostaríamos que esse sentido endógeno, o de juntar a tradição e a modernidade, seja visto em toda a dimensão, desde a forma mais tradicional, com a utilização dos instrumentos tradicionais até ao violino.
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