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Turquia: Ancara suspende tratado de armas convencionais

A Turquia suspendeu um tratado de armas que impunha limites ao equipamento militar convencional na Europa, juntando-se aos parceiros da Aliança Atlântica que fizeram o mesmo no ano passado.

07/04/2024  Última atualização 13H59
Erdogan decide pela estratégia dos aliados da OTAN © Fotografia por: DR

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assinou um decreto que suspende as obrigações de Ancara ao abrigo do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa (FACE, na sigla em inglês) a partir de 8 deste mês, relata a Bloomberg.

O plano, divulgado, ontem, alinha a Turquia com medidas semelhantes tomadas pelos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha em resposta à retirada da Rússia, em Novembro de 2023, do tratado originalmente concluído após a Guerra Fria.

Em Junho passado, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que a discussão sobre o controlo de armas convencionais só seria possível depois que o Ocidente abandonasse a política anti-russa, mas que tal cenário era, naquela época, "irrealista", como acontece até agora.

Na época, Washington afirmou que a decisão reforçaria a dissuasão e a capacidade de defesa da aliança, eliminando as restrições que afectam o planeamento militar. No entanto, a decisão turca indica a melhoria dos laços com os EUA antes de uma reunião que acontecerá entre Erdogan e Joe Biden em Washington no dia 9 de Maio.

Os dois países mantiveram diálogos recentes para melhorar os laços de segurança e energia e aumentar as compras de explosivos turcos para os norte-americanos enviarem para Ucrânia. A Turquia tem procurado manter laços com ambos os lados, mas cumpre, cada vez mais, as sanções contra Moscovo, escreve a imprensa, acrescentando que Ancara caminha na corda bamba entre EUA e Rússia num quebra-cabeça diplomático.

De acordo com o FACE, ambos os blocos - OTAN e Pacto de Varsóvia - eram autorizados de possuir quantidades iguais de armas convencionais e equipamento militar, como tanques, veículos de combate blindados, unidades de artilharia, aviões de combate e helicópteros de ataque.

Foram também estabelecidos limites à presença de Forças Armadas na área abrangida pelo tratado, que se estendia do oceano Atlântico aos montes Urais, rio Ural e mar Cáspio.

 

 

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