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Ucrânia: Restrições dos aliados ditaram ataque a Kursk

O Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, defendeu que a incursão em território russo, na província de Kursk, não teria sido necessária se os aliados da Ucrânia tivessem levantado as restrições de uso das armas de longo alcance contra a Rússia.

22/08/2024  Última atualização 10H12
Zelensky pede a diplomatas para convencerem os parceiros © Fotografia por: Direitos Reservados

Numa mensagem publicada, na segunda-feira à noite, o líder ucraniano acrescentou, ainda, que o sucesso da incursão na região russa demonstra a "ingenuidade" sobre as "linhas vermelhas" traçadas.

"Há alguns meses, muitas pessoas no mundo se tivessem sabido que estávamos a planear uma operação deste tipo, teriam dito que é irrealista e que é a passagem da supostamente mais vermelha de todas as linhas que existem na Rússia", afirmou Zelensky.

Numa reunião com os chefes das missões diplomáticas estrangeiras da Ucrânia, em Dnipro (Leste), o Chefe de Estado acrescentou que "todo o conceito ingénuo e ilusório" que dominou "avaliações da guerra por parte de alguns parceiros desmoronou-se, nos últimos dias". A descrença que teria sido gerada em torno da operação em Kursk foi uma das razões pelas quais "ninguém ouviu falar" da preparação destes avanços, que já provocaram uma grande mudança ideológica, segundo Zelensky, citado pela imprensa ocidental.

A incursão permitiu aos ucranianos ganhar o controlo de quase 100 cidades naquela região da Federação Russa, ou seja mais de 1.250 quilómetros quadrados. "Continuamos a reforçar as nossas posições, a estabilizar as zonas designadas e a reabastecer o fundo de troca para a Ucrânia", disse, referindo-se às numerosas capturas de soldados russos durante o ataque.

Aos diplomatas ucranianos solicitou que intensifiquem os seus esforços para convencerem os parceiros, especialmente os Estados Unidos, Reino Unido, França e a Alemanha que a autorizarem a utilização das suas armas de longo alcance contra alvos militares mais profundos em território russo.

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