Rosário Bento Pais teceu estas declarações quando falava à margem do Dia da Europa, assinalado a 9 do mês em curso, tendo referido que a data é também um momento-chave para celebrar a parceria e renovar o compromisso de longa data com Angola.

Segundo a embaixadora da União Europeia em Angola, o programa europeu com Angola para 2021-2027 está delineado em concertação com as prioridades identificadas pelas autoridades angolanas, e alinhados com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

"Foi em 1979 que a União Europeia estabeleceu relações diplomáticas com Angola, há precisamente 45 anos. É uma data notável a ser celebrada com destaque para a parceria e cooperação, sendo a União Europeia actualmente o maior parceiro económico de Angola”, salientou.

Rosário Bento Pais esclareceu que o quadro estratégico da cooperação entre Angola e a União Europeia abrange os domínios prioritários da diversificação económica, da governação transparente responsável e eficaz e do desenvolvimento humano.

"O quadro estratégico de programação tem uma duração de sete anos e possui uma dotação financeira indicativa de 275 milhões de euros para o período 2021-2024”, disse.

Acordo de facilitação do investimento sustentável

A embaixadora da União Europeia em Angola sublinhou que a recente assinatura de Acordo de Facilitação do Investimento Sustentável (SIFA) e do Memorando de Entendimento para apoiar o desenvolvimento do Corredor do Lobito demonstra um renovado impulso político, abrindo caminho a uma parceria reforçada.

 Rosário Bento Pais explicou que o SIFA visa reforçar as relações de investimento sustentável entre os países, em consonância com a estratégia do Global Gateway, da União Europeia.

A representante da União Europeia em Angola disse, igualmente, que o referido acordo destina-se a atrair e expandir investimentos, integrando simultaneamente os compromissos em matéria de Ambiente e direitos laborais na relação EUA-Angola.

A responsável acrescentou, ainda, que o acordo procura auxiliar na diversificação da economia angolana, "actualmente baseada em matérias primas-primas e recursos energéticos, para desbloquear o potencial do país através de um crescimento inovador e sustentável”.

Rosário Bento Pais realçou que existe também uma expectativa de que o acordo poderá servir de modelo para negociações futuras da UE com outros países parceiros, com destaque para Estados de África.