O ministro da Cultura, Filipe Zau, considerou, terça-feira, em Luanda, o Jazz como um género musical inclusivo que se renova continuamente pela incorporação de novas estruturas.
Vários artistas nacionais e internacionais actuaram, terça-feira, às 20h, na Baía de Luanda, na abertura do Festival Internacional do Dia do Jazz, organizado pela Bienal de Luanda, o projecto Resiliart Angola e a UNESCO.
O grupo União 54, do distrito urbano da Maianga, está a trabalhar arduamente para conseguir uma classificação que orgulhe os habitantes do bairro Prenda, no Carnaval de Luanda deste ano, cujo acto central acontece no próximo dia 12, na Nova Marginal da Praia do Bispo.
A pretensão foi avançada, ontem, em Luanda, por Joaquim Manuel, presidente do grupo, que acrescentou que apesar da agremiação não conquistar o título de Carnaval luandense há 26 anos, está confiante nesta edição.
"Somos um grupo histórico e tradicional no Entrudo de Luanda, por isso, este ano vamos à Nova Marginal com a finalidade de subir para a classe A, de adultos, e consolidar a nossa presença no Carnaval”, disse.
Joaquim Manuel declarou que o União 54 vai apresentar uma canção sobre o meio ambiente e os cuidados que se deve ter para a sua protecção. "Vamos aproveitar esta que é uma das maiores manifestações culturais para apelar a nossa população a ter mais cuidado com o ambiente. Espero que apesar de ser um momento em que as pessoas queiram maioritariamente se divertir, possam também tirar grandes lições”, afirmou.
A faltar alguns dias para a realização do Carnaval , Joaquim Manuel explicou que o grupo enfrenta problemas financeiros, garantindo que mesmo assim não vai deixar que o facto comprometa as ambições da agremiação.
O que mais o inquieta, explicou, é que na maior parte das edições os subsídios para auxiliar os grupos na preparação da coreografia para o Carnaval são entregues tarde, o que dificulta os grupos montar as alegorias a tempo.
"Tínhamos algo traçado para este ano e sem dinheiro as coisas ficam complicadas. Vamos tentar mesmo assim fazer tudo que está ao nosso alcance para conseguirmos a tão esperada classificação”.
Subsídios
Quanto aos subsídios, Joaquim Manuel fez saber que a direcção da Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL) garantiu dar aos grupos das três classes do Carnaval em Dezembro do ano passado.
Segundo o carnavalesco, apenas os grupos da classe A e B receberam o dinheiro, enquanto a classe C continua sem receber nada.
Além disso, Joaquim Manuel informou que o porta-voz dos grupos carnavalescos, Nelas, líder do União Sagrada Esperança, do distrito urbano do Rangel, reuniu os grupos com a finalidade de manifestar a sua inquietação devido ao não processamento até agora dos subsídios às agremiações por parte da APROCAL.
O Jornal de Angola tentou, ontem, ouvir a versão da APROCAL, mas sem sucesso.
Historial do grupo
O grupo União 54 foi fundado em 1954, tendo vencido o Carnaval de Luanda, em 1998. Uma das características da sua composição são as mulheres que se dedicam a actividade do comércio de peixe, desde o tempo da criação da agremiação no município da Samba, hoje distrito urbano da Samba.
União 54 é um grupo que começou a brincar e dançar o Carnaval de Luanda desde a era colonial, onde, ainda, a festa do povo tinha tarimba dos portugueses, tendo a matriz de Angola Independente, após a Independência proclamada em 1975, pelo primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto, dizendo: "Não o Carnaval dos ‘tugas’ que era só bares, vamos fazer o Entrudo de rua como fazíamos antigamente, aos ritmos e as fogueiras e a marimba e o kissanje ”.
Uma das grandes características do grupo que dança o semba, com batucada de banheiras feitas de alumínio e batuques, são senhoras trajadas de panos, vestes originárias dos povos ilhéus, que se juntam aos percussionistas e outros instrumentos do grupo. Em Fevereiro de 2015, o Ministério da Cultura e Turismo, através da Comissão Nacional Preparatória do Carnaval, homenageou a antiga bailarina do União 54, Isabel Amaro, que já não faz parte do mundo dos vivo.
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