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Uso de armas bélicas por Kiev facilita a paz

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, defendeu, quinta-feira, que o levantamento das restrições à utilização das capacidades militares da Ucrânia permitiria avanços nos esforços de paz e salvar vidas no país.

23/08/2024  Última atualização 10H45
Borrell defende o fim das restrições ao arsenal ocidental © Fotografia por: Direitos Reservados

Numa publicação na rede social X, o político refere-se "à ofensiva ucraniana na região russa de Kursk, em curso há mais de duas semanas, como "um duro golpe para a narrativa do Presidente russo,  Vladimir Putin".

Borrell afirma que "o levantamento das restrições à utilização das capacidades contra os militares russos envolvidos na agressão contra a Ucrânia, em conformidade com o direito internacional, teria vários efeitos importantes".

Entre estes, aponta o reforço da autodefesa ucraniana, "acabando com o santuário da Rússia para os seus ataques e bombardeamentos de cidades e infra-estruturas ucranianas", além de sustentar que tal decisão permitiria "salvar vidas e reduzir a destruição na Ucrânia", bem como "ajudar a fazer avançar os esforços de paz".

Vários países ocidentais que apoiam a Ucrânia, nomeadamente Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, têm recusado que armas de longo alcance sejam utilizadas para ataques em território russo, com receio de uma escalada do conflito entre a Rússia e a NATO.

Esta semana, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a incursão em Kursk não teria sido necessária se os parceiros estrangeiros da Ucrânia tivessem levantado as restrições de uso das suas armas de longo alcance contra a Rússia.

No início deste mês, o Exército ucraniano lançou um ataque terrestre em Kursk através da região ucraniana de Sumi, situada na fronteira. Após várias semanas de ofensiva, Kiev afirma ter assumido o controlo de quase 100 localidades e mais de 1.250 quilómetros quadrados de território russo.

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