Opinião

A solidariedade em tempo de crise

Nos tempos difíceis que atravessamos são cada vez mais necessárias acções de solidariedade destinadas a ajudar pessoas carenciadas que não têm, por exemplo, quase nada para comer ou para resolver problemas graves de saúde, que implicam custos elevados.

01/03/2021  Última atualização 15H13
Temos assistido a actos de cidadãos anónimos que doam recursos financeiros e outros para ajudar compatriotas seus carenciados, mas era bom que houvesse mais pessoas solidárias, tendo em conta o elevado número de cidadãos que necessitam de auxílio.

Temos no país organizações filantrópicas que têm dado grandes contribuições para mitigar problemas existentes nas comunidades, como é o caso do "Clube dos Médicos", que realizou recentemente uma acção de solidariedade no Hospital do Zango II, traduzida na assistência a mais de cinco centenas de pacientes, afectados por patologias diversas, o que permitiu reduzir o tempo de espera naquele estabelecimento hospitalar. Mais de 60 médicos, de diferentes especialidades, estiveram no referido hospital a atender pacientes, num gesto que deve ser replicado noutras áreas, nestes tempos de grave crise económica e sanitária.

Temos no país muitas pessoas que são milionárias e que conseguiram o seu dinheiro honestamente, por via de trabalho árduo. Que essas pessoas sejam sensíveis ao sofrimento de muitos angolanos, devendo intervir sobretudo naqueles casos de pobreza extrema, a começar pelas áreas em que residem. Os angolanos são admirados pela sua generosidade. Os momentos difíceis, que muitas famílias atravessam, justificam um aumento das acções solidárias, nas zonas urbanas e rurais.  Que a solidariedade com as camadas da população pobre se oriente particularmente para potenciar a actividade produtiva, a fim de as famílias poderem ter rendimentos e ser auto-suficientes.

Há jovens empreendedores nas zonas urbanas e rurais que só precisam de financiamento para realizar pequenas actividades produtivas, a fim de sustentarem as suas famílias. Há pequenas e micro-actividades produtivas que podem ser apoiadas sem se gastar muito dinheiro. Há angolanos trabalhadores e que só querem ter uma oportunidade para poderem realizar os seus projectos produtivos. Que os nossos milionários estejam atentos às pequenas iniciativas, ao nível da produção de bens e da prestação de serviços, que podem contribuir para a redução do desemprego e da pobreza no país.

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