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Alemanha: Reintrodução do serviço militar obrigatório divide opiniões

O debate sobre a reintrodução do serviço militar obrigatório está a dividir a sociedade alemã, entre os que acreditam ser este o único caminho para a defesa do país, e os que temem que a auto-determinação seja posta em causa, informaram, domingo, meios de imprensa daquele país.

08/04/2024  Última atualização 10H55
© Fotografia por: DR

Uma sondagem recente revelou que metade dos alemães (52%) é a favor da reintrodução do serviço militar obrigatório na Alemanha, suspenso em 2011. A maioria situa-se na faixa etária acima dos 60 anos. Já 42% dos inquiridos pelo instituto Forsa, admitiu estar contra e 5% não expressou opinião.

Para a Associação de Reservistas das Forças Armadas Alemãs (Verband der Reservisten der Deutschen Bundeswehr e.V.), o serviço militar obrigatório é "inevitável”.

"Defendemos um ano de serviço obrigatório, porque a Alemanha precisa de uma defesa global forte (...) Não se trata de reintroduzir o antigo serviço militar obrigatório, mas sim de um serviço geral e amplamente diversificado que inclua todos os níveis de defesa civil e militar", defendeu o presidente da associação, Patrick Sensburg.

Em declarações à agência Lusa, Sensburg admite que não é apenas o serviço nas Bundeswehr que é relevante para a defesa, mas também, por exemplo, na Agência Federal de Assistência Técnica (THW), nos bombeiros ou nos serviços médicos.

A mudança para um Exército totalmente voluntário, há 13 anos, fez com que o número dos militares caísse.

Depois das Forças Armadas alemãs terem atingido o pico com quase 500 mil soldados no final da Guerra Fria, o valor caiu para metade em 2010.

Os dados mais recentes, relativos a fevereiro deste ano, indicam que as Bundeswehr tenham cerca de 181.811 profissionais.

Dentro do próprio Governo alemão, formado pela coligação semáforo (SPD, Verdes e liberais do FDP), as opiniões dividem-se. O debate, que começou no início do ano passado, tem subido de tom acompanhando o crescimento da ameaça russa.

 

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