A precisar apenas de um ponto para a qualificação à fase seguinte, o combinado nacional consentiu a primeira derrota na competição ao cometer três erros fulcrais, determinantes no pesado desaire e foram eliminados. Os pupilos de Peterson Dias falharam uma grande penalidade. 

Os angolanos sofreram o primeiro golo, depois fizeram a reviravolta no marcador, mas não foram suficientemente determinados para aguentar a pressão do conjunto do Índico, que aproveitaram a sua experiência para dominar o resultado do jogo.

O duelo entre os dois países que falam português, referente à terceira e última jornada do Grupo B, apesar do número de golos, os críticos consideraram como o melhor jogo disputado até ao momento no torneio.

Os golos da Selecção Nacional foram marcados por Omar, Ismael, Cole e Paulucho, ao passo que pelos moçambicanos Rachid, Figo, com o bis de Arroz e Pieer foram os autores.

Em desvantagem na tabela de classificação, os "Guerreiros da Praia”, denominação do combinado de Moçambique, entraram determinados a vencer para garantir a qualificação, após a derrota com Marrocos (5-2) e a vitória sobre a Tanzânia (4-3).

Do lado oposto, Angola que vinha de dois triunfos pelo mesmo resultado frente a Tanzânia e Marrocos (3-2), não conseguiu manter na senda de resultados positivos no duelo derradeiro ou no mínimo, amealhar o ponto necessário para se manter na competição. 

Os moçambicanos garantiram a segunda vitória na competição, totalizando seis pontos, mais um em relação ao conjunto orientado por Peterson Dias. Marrocos venceu a Tanzânia, por 2-1 e garantiu o segundo passe para a final, com os mesmos seis pontos que  Moçambique.

Na primeira edição da Taça COSAFA, disputada em 2021, o combinado nacional ficou na terceira posição, após a eliminação diante da Tanzânia. A selecção do Senegal, ausente da competição, é a campeã em título.

FRACASSO

De acordo com o coordenador do futebol de praia, da Federação Angolana de Futebol, Ricardo Batalha, além do objectivo de melhorar a terceira posição da II edição, a ambição de Angola era garantir a qualificação ao CAN da modalidade, a disputar-se nos meses de Junho ou Julho, no Marrocos.

O dirigente federativo lamentou o fracasso: "É uma pena não conseguirmos atingir o nosso objectivo. Cometemos três erros que em alta competição pagam-se caro e, infelizmente perdemos com Moçambique por números exagerados e não espelham o que se passou no jogo. Vamos continuar a trabalhar para massificar o futebol de praia além das províncias de Luanda, Benguela, Namibe e Cuanza-Sul", concluiu.