Sociedade

Angola tem o maior centro de processamento de dados

Manuela Gomes

Jornalista

Angola possui, em termos de serviços climáticos, o mais completo servidor (centro de processamento de dados) a nível da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), revelou, terça-feira, em Luanda, o director do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola (INAMET).

27/03/2024  Última atualização 08H35
Participantes apontam a seca como um dos desafios que a região tem em termos de climatologia © Fotografia por: Armando Costa| Edições de Novembro
João Afonso, que falava à imprensa, por ocasião do segundo dia de trabalhos dos especialistas em meteorologia da região da SADC, reunidos em seminário, adiantou que, no quadro da modernização dos serviços do INAMET, o sector de tutela tudo tem feito para que os serviços estejam cada vez mais presentes e actuantes.

"Equipamentos de climatologia foram instalados em todos os países da região, mas estes são limitados. Angola, enquanto ponto focal, é o que tem a capacidade para ser, em termos de prática, uma referência na aplicação desses serviços”, explicou.

De acordo com o director do INAMET, o servidor de Angola tem a capacidade de analisar outros sistemas climáticos. "Os outros países podem acessar, remotamente, as informações”, esclareceu.

A nível da região da SADC, referiu, existem vários projectos conjuntos, relacionados com as questões climáticas. Em termos de formação e capacitação de quadros, salientou que este processo tem várias fases e inclui parcerias com universidades de países como Inglaterra, Brasil, Portugal e Argentina.

O director do INAMET apontou a questão da seca como um dos principais desafios com que se debate a região, em termos de climatologia. A instituição, avançou, tem a capacidade de monitorar a seca e nisso tem feito a emissão mensal de boletins sobre a situação.

Desafios na região

A secretária da SADC anunciou um financiamento de 8,7 milhões de dólares para a instalação de equipamentos modernos e o desenvolvimento de várias actividades nos 16 Estados-membros, com vista a melhorar e dinamizar os serviços climáticos na região.

Surekha Ramessur informou que o montante vai ser executado por fases, que compreende a fase de contratação pública e de compra de equipamentos, como servidores e computadores.    

O secretariado da região, disse, vai, também, apoiar Angola a formalizar uma plataforma de interface com os utilizadores, que vai permitir a interacção com os principais intervenientes na componente clima, bem como ajudar o INAMET no relançamento do Fórum Nacional de Perspectivas Climáticas.

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