Mundo

Balanço das cheias em Díli aumenta para onze mortes

As cheias que atingiram ontem grande parte da cida-de de Díli provocaram, pelo menos, 11 mortos, segundo um balanço actualizado, mas ainda provisório da Protecção Civil, estando as autoridades a planear a resposta de emergência.

05/04/2021  Última atualização 11H50
Além de infra-estruturas, as intensas chuvas derrubaram, também, casas e destruíram estradas © Fotografia por: DR
Responsáveis do Governo e das várias estruturas de emergência estiveram reunidos de urgência no Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) para analisar os danos causados pelas cheias, que arrastaram casas, destruíram estradas e várias outras estruturas.
Entre as prioridades definidas nessa reunião alargada liderada pelo CIGC está o apoio à evacuação das zonas mais afectadas e ao realojamento de centenas de famílias atingidas pelas inundações em vários pontos da cidade.

Participantes no encontro explicaram à Lusa que as prioridades passam, igualmente, pelo apoio humanitário de emergência a todas as vítimas e pelas operações de limpeza e recuperação de infra-estruturas danificadas.

A reunião contou com a presença da equipa de liderança do CIGC, de vários membros do Governo, de vários directores e ainda de elementos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), das Forças de Defesa de Ti-mor-Leste (F-FDTL), da Protecção Civil e dos Bombeiros, entre outros.
O encontro deliberou que a resposta às inundações deve ter em conta os esforços continuados de combate à Covid-19, procurando separar ao máximo as famílias.

As medidas estão a ser tomadas tendo em conta o facto de Timor-Leste estar a viver o pior momento da pandemia e, em particular, o facto de as inundações terem afectado várias estruturas usadas no combate à doença.

Entre os locais mais afectados contam-se o Centro de Isolamento de Vera Cruz, onde estão três doentes considerados moderados e um doente considerado grave, e que tiveram que ser realojados no Hospital de Lahane, devido às inundações.

Registaram-se ainda inundações no Laboratório Nacional e no Centro de Isolamento de Tasi Tolu, bem como no Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos de Saúde (SAMES), a Farmácia Central timorense.

No caso das pessoas infectadas que estão em Tasi Tolu, as autoridades estão a tentar identificar outros locais onde possam ser alojadas.
Funcionários da empresa ETO apoiaram os funcionários do SAMES e conseguiram retirar do local vários medicamentos e ainda algumas arcas com vacinas de vários tipos, ainda que muitos fármacos tenham ficado destruídos pelas águas.

Paralelamente, as autoridades timorenses estão já a delinear as intervenções urgentes em termos de obras públicas, nomeadamente "reconstrução das vias rodoviárias mais afectadas e essenciais, limpeza das ribeiras.

"Vão ser ainda feitos preparativos para mais inundações porque a chuva pode durar mais alguns dias”, disse à Lusa um dos participantes no encontro. A coordenação das intervenções imediatas vai ser coordenada pelo secretário de Estado da Protecção Civil, que vai recolher dados das necessidades, das vítimas,  policiais e militares para apoiar o realojamento das famílias.
"Foram também tomadas medidas de imediato para que já amanhã hajam máquinas a limpar, a reconstruir e a ajuda a ser distribuída em larga escala”, referiu a fonte.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo