Política

“Bloco da Solução” aberta a outras forças políticas

Joaquim Cabanje

Jornalista

O presidente do Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), Abreu Bernardo Capitão, afirmou, em Luanda, que a nova coligação, constituída por três partidos, denominada “Bloco da Solução”, está aberta a albergar outras formações políticas, para concorrer às próximas eleições gerais em Angola, previstas para 2027.

26/02/2024  Última atualização 09H25
© Fotografia por: DR


Abreu Bernardo Capitão teceu tais declarações à margem da assinatura do memorando de entendimento de aliança política entre o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), o Movimento de União Nacional (MUN) e o Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA).

Para o presidente do PDP-ANA, que é igualmente presidente rotativo desta nova agremiação política denominada "Bloco da Solução”, esta organização está disponível para receber qualquer partido político ou comissão instaladora ou ainda organização da sociedade civil, de modo a fazer face ao pleito eleitoral, em 2027.

Abreu Bernardo Capitão, questionado sobre o futuro do seu partido na CASA-CE, assegurou que a intenção surge devido ao desaire obtido nas eleições de 2022, que culminou sem nenhum deputado, quando, em 2017, tinham alcançado 16 lugares. Este resultado, segundo ele, dita o afastamento do seu Partido da CASA-CE.

Na mesma vertente, Maconda André, coordenador do Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) assegurou que "chegou um novo movimento que trará alguma coisa para o país”, visto que as suas linhas de força passam em primeiro lugar em fortalecer o "Bloco da Solução”, "para que haja uma oposição séria”.

De acordo com Maconda André, o "Bloco da Solução”, constituído por três partidos, vai abdicar de receber aqueles que no seio da coligação CASA-CE engendraram conflitos e destruíram aquela que era a terceira força política no país.

"Aqueles que no passado prejudicaram a CASA-CE, não podem estar no Bloco da Solução, para fazer a mesma coisa”, enfatizou o coordenador do Partido Nacional de Salvação de Angola, fundado em 1994 e legalizado em 1996.

Já Edson Sawylly, vice-secretário-geral do Movimento de União Nacional (MUN), revelou que a sua formação política ainda não está reconhecida no Tribunal Constitucional, embora tenha toda documentação para o seu reconhecimento.

Porém, disse que, tendo em conta que o trabalho do próximo processo eleitoral tem de ser feito, o seu Movimento de União Nacional (MUN) está a aliar-se às outras forças políticas, na base da Lei dos Partidos Políticos e da Lei Geral das Eleições.

Segundo o vice-secretário-geral do Movimento de União Nacional (MUN), a organização que lidera tem toda estrutura que um partido deve ter, incluindo o seu ideário político, para poder implementar.

Edson Sawylly assegurou que o MUN traz um manifesto na base da institucionalização do Federalismo em Angola, a melhor forma, no seu entender, de governar o país, tendo em conta as suas especificidades.

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