Os Bafana Bafana enfrentam adversários de longa data, a Nigéria, na primeira meia-final amanhã, no que será uma repetição da meia-final de 2000, que viu as Super Águias derrotarem os campeões de 1996 por 2- 0 em Lagos.

 A rivalidade entre as duas equipas será renovada na Côte d'Ivoire, enquanto a Nigéria persegue o quarto título, a África do Sul olha para o que tem sido um segundo evasivo. Após a derrota na meia-final de 2000, as Super Águias voltaram a bater os Bafana Bafana nos quartos- de- final da edição de 2019 no Egipto, com uma vitória de 2-1.

 As duas selecções já se defrontaram 14 vezes, com as Super Águias a aproveitar a maior parte dos resultados, com sete vitórias contra 2 da África do Sul, com as 5 restantes a terminar em empate.

 Esta será mais uma entrada para os ricos livros de história do futebol africano, com os Bafana Bafana agora sob a orientação de dois ex-campeões africanos contra uma equipa repleta de estrelas das Super Águias.

A selecção da África Austral é liderada pelo técnico vencedor da edição de 2017, Hugo Broos, que guiou os Leões Indomáveis  à vitória há cinco anos. O estrategista belga é auxiliado por Helman Mkhalele, um membro-chave da geração de ouro de 1996 que conquistou o primeiro e único título africano da África do Sul.

 Será uma batalha difícil contendo um time explosivo das Super Águias lideradas pelo perigoso Victor Osimhen e pelo quente Ademola Lookman.

 Enquanto isso, o seleccionador da África do Sul, Hugo Broos, admitiu que ficou muito satisfeito com a qualificação da sua equipa para as meias-finais, após anos de pessimismo em torno da equipa.

 Broos guiou os campeões de 1996 à vitória sobre Cabo Verde nos pênautis no sábado, marcando um confronto nas semifinais com a Nigéria.

 O belga acredita que o feito pode impulsionar o futebol sul-africano, depois de muitos terem descartado as suas hipóteses antes do torneio.

 "Muitas pessoas na África do Sul não acreditaram nesta equipa, mas nós acreditámos, e os jogadores acreditaram em si próprios", afirmou Broos após a vitória nos quartos-de-final.

"Chegar às meias-finais é óptimo para o futebol sul-africano, que tem enfrentado dificuldades nos últimos anos." Broos reservou elogios especiais ao guarda-redes Ronwen Williams, cujo heroísmo nos pênaltis foi fundamental para a vitória.

 "Quando você tem um goleiro que defende quatro pênaltis, não é sorte. Ele foi o melhor em campo", disse Broos.

O técnico também reconheceu a difícil tarefa que a África do Sul enfrenta contra uma selecção nigeriana repleta de estrelas, com jogadores como Ademola Lookman.

 Mas, ele insistiu que o seu time estará pronto para o confronto de quarta-feira, depois de eliminar as dúvidas do passado sobre a sua qualidade.

"A meia-final será difícil frente aos grandes jogadores da Nigéria, mas não temos nada a perder agora. Os jogadores vão recuperar e preparar-se, mas manter a concentração é essencial", afirmou Broos.