O Presidente da República, João Lourenço, efectua uma visita oficial à República da Coreia, com chegada à Seoul prevista para domingo de manhã, 28 de Abril.
O Presidente João Lourenço recebeu, sexta-feira, em audiência, em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro português, António Costa, que foi agradecer, pessoalmente, o Chefe de Estado angolano pela "excelente relação" que foram mantendo ao longo dos oito anos que esteve à frente do Governo.
A cidade de Windhoek encheu-se, em todos os lados, de cerimónias para homenagear Hage Gottfriend Geingob. Umas formais e outras informais. Por meio da música lírica e tradicional, do discurso e depoimentos, tudo para dedicar com dignidade a alma do Presidente namibiano, falecido no passado dia 4 de Fevereiro, vítima de doença.
Desde ontem, Windhoek tornou-se o grande destino de distintas personalidades políticas africanas, artísticas, desportistas, activistas, dentre outras, com o objectivo de levar ao povo namibiano o sentimento de dor em ao mesmo tempo de esperança.
As várias estações televisivas e radiofónicas namibianas, bem como as da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em particular a vizinha República sul-africana, preenchem os tempos de antena para narrar, homenageando o ex-Presidente.
Kanana Hishono, um veterano da Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO), Partido da Namíbia, ao falar no Estádio Sam Nujoma, perante dezenas de homens e mulheres da faixa etária do ex-Presidente, disse descrever sobre Hage Gottfriend Geingob não pode haver protocolo, muito menos mestre de cerimónia e caso acontecesse "beliscaria as mais profundas memórias da nação”.
Quero vos dizer que a dimensão humanista, política, patriótica e social de Hage Gottfriend Geingob, está escrita e ficará para sempre numa infinidade de discursos, depoimentos, narrações e até mesmo para compor canções desde as gerações da luta de independência até às atuais.
Hage Gottfriend Geingob, ressaltou Kanana Hishono, foi um construtor que por meio dos seus discursos transmitia a paz, união, a liberdade e o desenvolvimento de África. "A onda de homenagens vindas de várias partes do continente africano, demonstra que Hage não foi um pai para o povo da Namíbia, mas da África”, citou o veterano.
Quando a notícia sobre a morte do Presidente preencheu os meios de comunicação social nacional e da SADC, ressaltou o veterano, os namibianos questionaram-se de imediato sobre a responsabilidade a assumir, daquele momento em diante tendo em conta o carácter de imparcialidade que de Hage Gottfriend Geingob.
Jovelina Imperial destaca dimensão de Hage
A Embaixadora de Angola na República da Namíbia, Jovelina Imperial destacou Hage Gottfriend Geingob como homem de qualidades imensuráveis, um combatente da pátria que lutou pelos direitos do povo namibiano e do continente africano em geral.
O desaparecimento prematuro de um filho querido como Hage, frisou Jovelina Imperial, deixa consternada não só o povo namibiano, como também os angolanos. Por isso, continuou, endereço ao povo da Namíbia, ao governo, esposa e filhos as mais sentidas condolências, e com a devida homenagem.
A República da Namíbia e de Angola, referiu Jovelina Imperial, partilham laços históricos que as unem de forma mútua e baseada nos princípios da amizade, solidariedade, irmandade cultural e geográfica. "Esses laços, devem ser partilhados no momento de dor e luto”, acrescentou a embaixadora.
Jovelina Imperial esteve, ontem à noite, mais de duas horas no Estádio Sam Nujoma, onde ao lado do actual Presidente da Namíbia Nangolo Mbumba, a viúva do malogrado e distintos ministros renderam as últimas homenagens à Hage Gottfriend Geingob
Para Sara Kambinja, angolana residente há mais de 30 anos, considera Hage Gottfriend Geingob um grande amigo para a juventude, realçando que com a morte do Presidente Hage o povo perde uma grande batalha.
A morte prematura de Hage Gottfriend Geingob, frisou Sara Kambinja, quebrou a esperança do povo namibiano, deixando uma nação que em menos de 15 anos apresentou sinais de prosperidade, social, económica e académica.
Programa da cerimónia fúnebre
De acordo com o programa tornado público, ontem à noite, pelo Ministério da Informação, Comunicação e Tecnologia da República da Namíbia, amanhã, a partir das 14 horas, está reservada para a cerimónia de elogios fúnebres e discursos de entidades políticas nacionais e regionais, com realce aos Chefes de Estados africanos.
No domingo dia 25, às 10 horas, são transportados para o Memorial Heroes Acre, os restos mortais de Hage Gottfriend Geingob, falecido no passado dia 4 de Fevereiro vítima de doença, aos 83 anos.
DISPONIBILIZAÇÃO DE MEIOS
Governo
agradece apoio de Angola e Botswana
O Governo da Namíbia agradeceu o apoio de países como Angola e Botswana. Informações avançadas pela imprensa local indicam que o Governo de Angola disponibilizou 20 viaturas para uso durante o funeral do Presidente Hage Geingob. O Botswana colocou à disposição 45 carros e motos para o mesmo fim.
O Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, declarou dois dias de luto nacional pela morte de Geingob. O luto é celebrado no sábado e domingo, dia do memorial e do funeral. Hichilema também ordenou que as bandeiras do país fossem colocadas em meia haste, a partir de quarta até domingo, de acordo com a Zambian National Broadcasting Corporation.
Hage Geingob será sepultado no domingo num dos compartimentos reservados para presidentes, no Heroes' Acre. Citado pela imprensa local, o antigo director do Conselho do Património Nacional e actual governador da região de Hardap, Salomon April, disse que os mausoléus foram construídos para a Namíbia aderir aos padrões internacionais em honrar os seus heróis e heroínas.
Isenção de vistos
O ministro da Administração Interna, Imigração e Segurança da Namíbia isentou vistos e autorizações de trabalho para jornalistas até 27 de Fevereiro de 2024. Qualquer profissional que for cobrir o funeral não precisará de solicitar ou pagar por um visto ou autorização de trabalho durante o período definido.
Um verdadeiro pai da Nação
Nangula Geingos, a filha mais velha do Presidente Hage Geingob, disse que, com os irmãos, compreenderam que tinham de o partilhar com a nação. "O pai era uma figura paterna para muitos. Fomos criados ao lado de vários, vários irmãos, muitos dos quais estão aqui hoje. Há um pedaço de Hage em todos nós”, disse Geingos diante de familiares e amigos do seu pai.
Na noite de terça-feira, familiares e amigos do falecido presidente reuniu-se na sua residência, Casa Rosalia, para o último velório, antes das cerimónias deste fim-de-semana.
O filho mais velho do Presidente Geingob, Mangaliso Fernandez, disse que esperava uma Namíbia sombria e pesadamente sobrecarregada quando chegasse. "Enquanto me preparava para vir para a Namíbia, perguntei-me 'quanto mais pesado vai ser, quão mais difícil será esse peso'. Quando cheguei, não vi nada além de alegria e celebração”, disse ele.
O empresário e amigo próximo do Presidente Geingob, Amos Shiyuka, escreveu um artigo para o seu "Tio Hage”. "Você deu tanto sem esperar nada em troca e isso é uma qualidade rara… Ai, tio Hage, meu herói, meu líder”, disse.
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