Sociedade

Desabrigados pelas chuvas começam a ser realojados

Manuela Gomes

Jornalista

Três das mais de 60 famílias desabrigadas pelas chuvas, no município do Cazenga, em Luanda, foram, ontem, realojadas na Centralidade de Kalawenda, um dos vários projectos habitacionais do Estado, localizado naquela circunscrição.

27/04/2021  Última atualização 08H45
A foto documenta o momento em que o chefe de uma família recebia as chaves do apartamento © Fotografia por: Contreiras Pipas | Edições Novembro
As residências entregues pelo Grupo Parlamentar do MPLA fazem parte das mais de 300 habitações do tipo T2, construídas naquela centralidade.   
As últimas chuvas que se abateram sobre Luanda fizeram com que 68 famílias no município do Cazenga ficassem desalojadas e perdessem os seus bens, aguardando por reassentamento, no âmbito do Programa de Realojamento das Famílias.
 
Segundo o presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, o início do processo de realojamento das famílias desabrigadas pelas chuvas mostra, mais uma vez, o cumprimento das propostas dos deputados que visam melhorar a qualidade de vida da população vítima de catástrofes. 

Virgílio de Fontes Pereira disse que foram feitas diligências, junto dos órgãos competentes do Estado, para que, no processo de distribuição de residências às famílias desalojadas pela chuva no Cazenga, se desse prioridade às três famílias.

"Demos primazia a essas famílias, particularmente a que tem uma criança com apenas um ano e vive em situação de extrema precariedade. Houve, da nossa parte, solidariedade institucional e conseguimos este apoio”, disse. 

Virgílio de Fontes Pereira explicou que essa acção é a concretização de mais uma acção social, que pauta por razões de solidariedade, humanismo, patriotismo e que visa melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Na sua visão, este é um processo que deve ser contínuo, sem muitas burocracias.  Para o presidente do Grupo Parlamentar do MPLA é preciso que os órgãos competentes do Estado agilizem os procedimentos, com a simplificação de passos administrativos, para que processos como esse sejam agilizados e resolvam as necessidades das famílias.

"Felizmente este processo que hoje damos cumprimento fizemo-lo em quatro dias. Foram agilizados procedimentos a partir da Administração Municipal do Cazenga, em colaboração com órgãos do Governo da Província de Luanda e do Executivo”, referiu Virgílio de Fontes Pereira. 


  Recomendada educação cívica

No acto de entrga  das chaves dos imóveis, Virgílio de Fontes Pereira apelou às administrações locais para o reforço da educação cívica junto das famílias, particularmente àquelas que residem em condições precárias.
O parlamentar reconheceu que muitas famílias, sem oportunidades de conseguir uma residência, sujeitam-se a construir junto de lagoas, bacias de retenção, linhas de água e em outras zonas não recomendáveis. 
 
"Temos que fazer o apelo às pessoas que hoje receberam as suas novas moradias para que as conservem e não caíam na tentação de trepasse, porque senão vão aumentar a pressão ao Estado e isto não ajuda a resolver os problemas”, aconselhou.
Por outro lado, recomendou a sinalização das zonas de risco, para que cada um tenha consciência de que não deve, mesmo perante as dificuldades, construir nelas.

Virgílio de Fontes Pereira apelou às famílias para que façam as suas construções dentro das normas.
Por sua vez, o administrador municipal do Cazenga reafirmou ser preocupação das autoridades administrativas locais atender as grandes inquietações dos munícipes, no caso concreto dos afectados pelas chuvas.

Tomás Bica disse que o município do Cazenga teve muitas famílias sinistradas. "Aproveitamos a oportunidade para que, no quadro do Programa de Realojamento, se contemple as famílias que vivem à volta das bacias de retenção, nomeadamente as do ‘Tio Kimbundu’, Mabululu e a dos Picos”.

O administrador aproveitou a ocasião para esclarecer que "a Administração do Cazenga não está a dar casas. Este é um processo iniciado em 2018. As famílias que foram cadastradas serão as beneficiárias”, assegurou.

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