A quarta lapidadora, inaugurada ontem, em Luanda, pela multinacional indiana KGK, absorveu investimentos de cinco milhões de dólares e tem uma capacidade para processar 100 mil quilates, elevando em 20 por cento da produção angolana de diamantes lapidados.
Os dados, obtidos pelo Jornal de Angola no acto de inauguração, indicam que, a unidade de lapidação gera 220 empregos até o primeiro trimestre do próximo ano. O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, que participou na inauguração, disse que as metas de lapidação propostas pela nova unidade dinamizam a indústria angolana e estão alinhadas aos objectivos estratégicos do Governo. “É uma meta difícil de alcançar, mas tudo faremos para atingir este objectivo. Por isso, estamos a incentivar as empresas a apostarem em fábricas nas províncias produtoras de diamantes e lançamos o desafio à empresa KGK, para abrir mais uma unidade no Pólo Diamantífero de Saurimo, na Lunda Sul”, revelou. Diamantino Azevedo anunciou que, ainda este mês, a Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam) apresenta o Pólo Diamantífero de Saurimo, em construção na Lunda-Sul, onde são erguidos dois centros de formação técnica e profissional, um para avaliação e lapidação de diamantes e outro de capacitação dos técnicos mineiros. “Estamos a concluir o Pólo Diamantífero de Saurimo, onde criamos todas as condições de infra-estruturas e todo o sistema que entra no processo de comercialização e lapidação de diamantes, para que os investidores privados tenham condições de instalar as suas unidades”, disse. O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos adiantou que também se espera a construção de fábricas de lapidação nas províncias da Lunda-Norte e de Malanje. “Queremos que as empresas angolanas que estão nesta actividade se tornem melhor organizadas e explorem os diamantes de forma mais sustentável, com o devido respeito pelo ambiente, para melhor beneficio das comunidades”, referiu. O responsável acrescentou que o sector vai apostar na melhoria contínua da prospecção e exploração de diamantes, considerando o investimento na lapidação como crucial para a formalização do sector artesanal de exploração de diamantes. “Aproveitem a oportunidade que há no sector de lapidação e se juntem aos parceiros estrangeiros que já possuem bastante experiência”, apelou Diamantino Azevedo.
Nove milhões de quilates
O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos reafirmou as projecções que apontam para a elevação da produção e exportação diamantífera para nove milhões de quilates este ano, apontando como principais destinos das remessas angolanas a Bélgica, China, Israel, Índia, Dubai e Estados Unidos. O presidente da Sodiam, Eugénio Bravo da Rosa, lembrou que, em 2018, o valor das exportações atingiu 1,8 mil milhões de dólares, chamando a atenção para os dados que apontam para os níveis actuais de produção das quatro fábricas de lapidação como ainda baixos. “A capacidade actual é muito baixa e está estimada em dois por cento de toda a produção nacional, mas acreditamos que, na medida em que elas vão progredindo, a sua capacidade de produção poderá subir”, afirmou. Na sua opinião, o negócio de lapidação de diamantes requer regularidade no fornecimento para que as unidades fabris possam atingir a capacidade instalada. “A próxima fábrica a ser inaugurada será no Pólo de Saurimo, que contará com infra-estruturas fabris a serem concluídas a partir do Março e Abril”, disse o presidente da Sodiam.
Crescimento
das vendas
Angola obteve receitas de 294,8 milhões de dólares com a venda de diamantes no terceiro trimestre deste ano, mais 30,7 milhões de dólares que no mesmo período de 2018, de acordo com dados ontem divulgados pela Sodiam. No terceiro trimestre, foram comercializados 2,29 milhões de quilates de diamantes, representando mais 46 por cento do que as vendas alcançadas no mesmo período do ano passado. O chefe do Departamento de Comercialização Externa Mercados e Promoção do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, Gaspar da Silva, avançou que esta venda representa um aumento de mais de 700 mil quilates comparados com o mesmo período do ano passado. O responsável do departamento ministerial avançou que os Emirados Árabes Unidos lideram a lista de compradores dos diamantes angolanos no mercado internacional. “Durante o terceiro trimestre de 2019, foram comercializados cerca de 2,29 milhões de quilates, que representaram uma variação positiva de 796,7 mil quilates em relação ao segundo trimestre”, disse Gaspar da Silva. Segundo frisou o mesmo responsável, em comparação com o terceiro trimestre de 2018, registou-se “um aumento de cerca de 722,7 mil quilates”.
O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
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A responsável pela Secção de Crimes contra o género da Polícia Nacional, Intendente Sarita de Almeida, realizou, quinta-feira, em Juba Central Equatorial State, no Sudão do Sul, um Workshop sobre Direitos Humanos e Protecção Infantil.