Política

Cuito Cuanavale pode ser inscrita em dois anos

Angola pode, em dois anos, entregar à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) o primeiro esboço para a inscrição da cidade do Cuito Cuanavale a património da humanidade, declarou ontem, em Luanda, a ministra da Cultura.

06/12/2019  Última atualização 09H45
João Gomes | Edições Novembro © Fotografia por: Vice-Presidente da República orientou reunião com ministros

Maria da Piedade comunicou o facto à imprensa no final da reunião da Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural Mundial, que decorreu na Cidade Alta, sob orientação do Vice-Presidente da República.
O plano de acção para 2020 para inscrever a cidade do Cuito Cuanavale à património da humanidade, apresentado à Comissão, com- preende a realização de uma série de tarefas, com destaque para a recolha de depoimentos, trabalhos de prospecção arqueológica, identificação, inventariação, classificação e delimitação das zonas históricas e de tampão dos sítios das batalhas.
“Para a inscrição do Cuito Cuanavale a património da humanidade é necessário uma boa fundamentação para evitar que o processo seja devolvido", alertou a ministra da Cultura.
A UNESCO, segundo a ministra, pediu às autoridades do país para remeterem, até 1 de Dezembro do próximo ano, o relatório definitivo sobre a implementação de todas as recomendações para o sítio histórico de Mbanza Kongo, que já é considerado património da humanidade desde o ano passado.
A retirada das antenas da Rádio Nacional de Angola e da Angola Telecom da cidade de Mbanza Kongo, bem como do aeroporto local, são das principais tarefas em falta.
A ministra da Cultura informou, a propósito, que a antena da Angola Telecom já está a ser retirada, en-quanto a da RNA falta encontrar um novo local para onde deverá ser transferida para montagem.
Maria da Piedade informou também que já foi realizado o concurso público para a construção do novo aeroporto de Mbanza Kongo, a cerca de 30 quilómetros da cidade. Os membros da Comissão recomendaram a realização, doravante, do FESTIKONGO, todos os anos, mas não com a mesma amplitude como foi este ano. “A proposta é realizar o festival internacional de Mbanza Kongo a cada cinco anos, tal como se procede com o FENACULT”.