Devido à sua dificuldade de preservação, os fósseis inteiros são muito raros. Em grande parte dos casos, encontram-se apenas partes de organismos, como ossos, dentes, carapaças, folhas e espículas.

Importa fazer referência que os fósseis, além de serem o principal indício da evolução biológica, permitem-nos compreender como era o planeta há milhares de anos, conhecimento que possibilita reconstruções ambientais e o reconhecimento de espécies actualmente extintas ou em vias disso.

Nesta altura em que uma das grandes preocupações da Humanidade está relacionada com as questões ambientais, sobretudo pelos mais visíveis estragos provocados pela acção humana sobre o ambiente, a celebração da efeméride e outras referências a ela qualificam-se como deveras oportunas e devem ser ampliadas.

Pela indissociável relação entre seres vivos e o planeta, que, no caso do Terra, se complementam, a referência ao assunto, mais na perspectiva dos fósseis, tem um propósito de mérito, por ser de rara abordagem na pauta mediática diária encarcerada, grandemente, nos acontecimentos políticos, que nem sempre respaldam o que os cidadãos querem ouvir.

Nesta perspectiva, vê-se ampliado o valor do alinhamento deste tema pela vertente pedagógica, mais direccionada à juventude que, com raras excepções, nutre pouca simpatia por temáticas como esta, cuja apreciação exige um grau de interesse acima da média, se comparada aos produtos disponibilizados pelo apaixonante mundo das TIC, cujo apogeu reside nas redes sociais e demais plataformas de comunicação digital.

Pelo valor transversal na formação integral do homem, questões que se prendem à evolução da Humanidade e dos seres vivos devem interessar a todos, nem que seja ao mais reduzido nível, servindo de valência para alargar a capacidade cognitiva.

Apesar do que muitos pensam, os fósseis não são apenas ossos de animais. Qualquer resto, ou até mesmo marcas de uma actividade de ser vivo, é considerado um fóssil.

Em Angola, a região do Bentiaba, na província do Namibe, é destacada como a zona mais fértil para as pesquisas em sede da matéria, sendo, igualmente, o local em que foi descoberto o primeiro dinossauro de Angola, o Angolatitan Adamastor, que se encontra no Museu de Geologia da Universidade Agostinho Neto.

Deste entendimento, é importante que toda a acção humana do presente seja fiscalizada para que, no porvir, o seu estudo seja objecto das melhores referências, para continuidade de construção de um mundo melhor para se viver.