Economia

Empresa petrolífera prorroga prazo de alienação das suas acções

O período de venda de 37,47% das acções da empresa angolana de exploração petrolífera ACREP, através da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), foi prorrogado para até às 15h00 do dia 15 deste mês, uma decisão aprovada pela Comissão do Mercado de Capitais (CMC).

06/03/2024  Última atualização 08H38
© Fotografia por: DR

Inicialmente, os interessados/investidores poderiam adquirir as respectivas acções no período de 19 de Fevereiro a 1 de Março de 2024.

Porém, a prorrogação do prazo fundamenta-se, entre outros aspectos, na concentração de pedidos de abertura de conta na parte final do período da oferta pública global, "não tendo sido possível dar resposta em tempo útil a tais pedidos”. O alargamento desse período permite, igualmente, assegurar o cumprimento dos melhores padrões regulatório e de conformidade, refere a Angop, citando uma nota da BODIVA.

Adicionalmente, a medida também visa facilitar o acesso de pequenos investidores e/ou aforradores ao mercado de capitais, com o inerente fomento da inclusão financeira de todos os agentes económicos neste processo, bem como incluir o acesso à oferta por parte de investidores que, tendo manifestado interesse na mesma, "não conseguiram concluir tempestivamente os processos de abertura de conta em curso”, conforme o documento.

De acordo com a nota, durante o período da referida prorrogação, os investidores podem alterar ou revogar, até às 15h00 do dia 11 de Março de 2024, as declarações de aceitação apresentadas.

A fonte recorda, igualmente, que mediante subscrição de acções, os investidores poderão transmitir a sua declaração de aceitação a qualquer dos agentes de intermediação contratados pela ACREP para o efeito (Áurea - Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários, S.A. e Banco de Poupança e Crédito - BPC).

Nos termos descritos no prospecto, através da Oferta Pública de Subscrição (OPS), são oferecidas até 600 mil e 890 acções ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal unitário de 3 250 kwanzas, representativas de até 24,99% (em caso de subscrição completa) do capital social da ACREP.

Por outro lado, através da Oferta Pública de Venda (OPV), são oferecidas 300 mil acções ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal unitário de Kz 3 250, representativas de até 16,63% do capital social actual da ACREP, actualmente detidas pelo accionista BPC.

A oferta é dirigida ao público em geral, tendo especificamente como destinatários pessoas singulares ou colectivas residentes ou com estabelecimento na República de Angola.

Com esse processo, a empresa petrolífera angolana passa a ser a primeira empresa deste sector a ser alienada por via da BODIVA.

Fundada em 2003, a ACREP actua no sector de Petróleo e Gás em Angola, enquanto  além-fronteiras é marcada com uma estratégia que começou com a exploração petrolífera em campos maduros, a aquisição de 15% de interesses participativos no bloco offshore 4/05, 5% no bloco offshore 17/06 e 15% do bloco terrestre Cabinda Norte, em 2005, 2006 e 2007, respectivamente.

Em 2016, a empresa adquiriu 12,5% dos interesses participativos no Bloco offshore 2/05 e quatro anos depois adquiriu interesses participativos de 10% no bloco 1/14.

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