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Estiagem compromete época agrícola 2023/2024 no Cunene

Elautério Silipuleni e Quinito Kanhameni | Ondjiva

Jornalistas

A ausência prolongada da chuva que se regista este ano, em toda extensão da província do Cunene, está comprometer as colheitas de cereais da presente campanha agrícola 2023/2024.

30/03/2024  Última atualização 14H11
© Fotografia por: EDIÇÕES NOVEMBRO
As sementes lançadas à terra foram consumidas pela estiagem, o que pode ter um impacto negativo para à população local.

A informação foi avançada, na quinta-feira, em Ondjiva pela governadora do Cunene, Gerdina Didalelwqa, durante a II Reunião Ordinária do Governo Provincial do Cunene, que na ocasião referiu que devido à irregularidade das chuvas que se prolonga desde o fim de Janeiro, até a data, vai contribuir para fraco aproveitamento da campanha agrícola.

A governadora disse que a primeira fase da época agrícola de Outubro a Dezembro, foi o período com maior ausência de chuva que provocou perdas enormes das primeiras culturas com realce para os municípios do Curoca, Ombadja, Cahama e Cuanhama.

Referiu que no princípio de Janaeiro, tudo parecia estar a correr com a regularidade em todo território da província, mas de Fevereiro a Março registou-se a segunda estiagem que prejudicou por completo as culturas.

Para a governadora, a irregularidade da chuva vai adiar as metas preconizadas pelos camponeses, facto que pode provocar uma crise alimentar junto das famílias.

Referiu que nos últimos dias, a chuva está a cair de forma esporádica e fora da época normal que as plantas necessitam, provocando deste modo o stress hídrico das culturas, sobretudo as plantas que estão em fase de florescimento.

Para a governadora adivinhar-se um momento difícil de falta de água e de alimentos para as populações e do gado- para o efeito o governo precisa traçar estratégias de contingência para mitigar os efeitos da fraca colheita.

A governante deu a conhecer que além de estiagem, o factor está associado a Praga de gafanhoto que está assolar as culturas de cereais como milho massango e massambala nos municípios da Cahama, Curoca e Ombadja,

Gerdina Didalelwa, recordou que, inicialmente a província previa colher, acima de 2078 mil toneladas de produtos diversos, num espaço de cerca 151 mil hectares com envolvimento de 151.286 famílias, na altura foram disponibilizadas 520 toneladas de sementes, sendo 150 de massango e igual número de massambala, 70 de milho, 45 de feijão e cinco de arroz, assim como 100 toneladas de fertilizantes simples (sulfato de amónio).

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