O projecto da construção da central está alinhado ao plano "Energia Angola 2025”, concebido para diversificar a matriz energética do país e proporcionar acesso à electricidade para cerca de 60 por cento da população rural.

Com um investimento de 38,8 milhões de euros, a infra-estrutura é constituída por 44.850 painéis solares e tem previsão de produzir mais de 49 mil MWh por ano. Além disso, uma linha de média tensão de 15 quilovolts (kV) vai ser construída para conectar o parque solar a um posto de seccionamento que será adaptado para futuras conexões com os postos de Tchicumina, Nhama, e a interligação da linha da Hidrochicapa.

Parte de um conjunto de sete parques, com uma capacidade total de 370 MWp, nas províncias de Benguela, Huambo, Bié, Lunda-Norte e Moxico, o Parque Fotovoltaico de Saurimo representa um importante avanço no sector energético angolano.

Estes parques solares mencionados foram desenvolvidos por uma parceria internacional envolvendo as empresas Sun Africa, dos Estados Unidos, e MCA - Angola. O objectivo é fornecer energia renovável e limpa para aproximadamente 2,4 milhões de angolanos, o que resultará na redução anual de cerca de um milhão de toneladas de emissões de carbono (CO2), contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Os parques solares vão eliminar a necessidade de consumir perto de 1,4 milhões de litros de gasóleo em geradores e produção térmica, práticas altamente poluentes.

Essa mudança vai trazer uma economia significativa nos gastos com importação de combustíveis, de acordo com estimativas oficiais.

O acto de inauguração da Central Fotovoltaica de Saurimo contou com a participação do governador da Lunda-Sul, Daniel Neto, do embaixador dos Estados Unidos em Angola, Tulinabo Mushingi, e de um representante da República da Coreia.