O Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) reúne-se, hoje,, em Sessão Extraordinária, para escolher o próximo líder do partido no poder e candidato presidencial para as eleições presidenciais marcadas para o dia 9 de Outubro, num acto aguardado com grande interesse partidário, nacional e regional, facto que marca um momento decisivo para o futuro político de Moçambique.
O Exército nigeriano garantiu, ontem, que não efectuou nenhuma retaliação no estado do Delta, Sul do país, depois de residentes terem afirmado que, no fim-de semana, homens incendiaram uma aldeia após a morte de 16 soldados.
"O Exército refuta todas as alegações de que lançou ataques de represália na comunidade de Okuama após o incidente. A comunidade estava deserta mesmo antes de as tropas chegarem ao local", afirmou em comunicado o major-general e porta-voz do Exército nigeriano, Edward Buba.
Imagens de casas em chamas alegadamente em Okuama, uma aldeia ao longo do rio Forcados, no estado do Delta, circulam nas redes sociais desde domingo, mas não puderam ser verificadas pela agência francesa AFP. Quem as difundiu acusou o Exército de ter incendiado a aldeia em represália pelo assassínio de 16 soldados em 14 de Março.
Um habitante da cidade vizinha de Bomadi acusou o exército de ter incendiado a aldeia. "Os soldados ainda estão lá e continuam a destruir as casas em Okuama, não estão a preparar-se para sair", disse à AFP, sob condição de anonimato.
Na sua declaração, o major-general Buba afirmou que a reacção do Exército seria "comedida" e que "não seria guiada por emoções, mas pelo Estado de Direito". No sábado, o Exército nigeriano anunciou a morte de 16 soldados, em 14 de Março, quando se encontravam numa missão de reconciliação entre as comunidades das duas aldeias vizinhas de Okuama, de etnia Urhobo, e Okoloba, de etnia Ijaw.
No dia seguinte, o Presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, declarou, em comunicado, que tinha dado ao Exército "plenos poderes para levar a tribunal qualquer pessoa considerada responsável por este crime inadmissível contra o povo nigeriano". O Senado também prometeu, numa declaração divulgada no domingo, "não poupar esforços para apoiar as investigações e os processos judiciais, a fim de garantir que os responsáveis por este crime enfrentem as consequências dos seus actos".
"Foram efectuadas algumas detenções", declarou o Exército, no sábado. Nas últimas semanas, a imprensa local noticiou confrontos entre as duas comunidades, cada uma reclamando a posse de terras e disputando direitos de pesca, que resultaram em várias mortes.
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