O Festival Internacional de Jazz realiza-se, hoje e amanhã, a partir das 17h30, na Baía de Luanda, um evento que vai contar com a participação de 40 artistas e combinar a música e as artes visuais.
O ministro da Cultura, Filipe Zau, felicitou segunda-feira, em Luanda, os grupos de dança do país pela relevância que esta linguagem corporal representa, quer como manifestação artística, quer como riqueza patrimonial, dada a diversidade de estilos em presença.
A primeira exposição multidisciplinar “A Mulher, as Belas Artes e a Paz Social”da artista plástica, Maria do Carmo Alfredo Baptista, 71 anos, patente desde segunda-feira, na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, da Igreja Católica, na vila sede do município da Catumbela, província de Benguela, recebeu na inauguração, membros do Governo Provincial e Municipal, entidades religiosas e fazedores de cultura.
A exposição, que conta com 27 peças, retrata as vivências, sentimentos, paz, problemas sociais, a preocupação da mulher com a sociedade e a situação financeira das famílias angolanas. A mostra fica patente até segunda-feira, e tem sido visitada por entidades eclesiásticas, docentes universitários, académicos, estudantes, gestores escolares e por pessoas interessadas em pinturas, provenientes do Lobito, Benguela e Baía Farta.
Maria do Carmo Alfredo Baptista explicou ao Jornal de Angola que a exposição, inserida no âmbito dos 22 anos de Paz e Reconciliação Nacional, visa promover a paz, o amor ao próximo, contemporaneidade, valorização da música tradicional angolana, com a figura da dikanza. "Estamos a festejar a paz, mas a mulher está preocupada com os problemas sociais”, disse.
A pintora recorreu aos quadros para chamar a atenção da importância de se melhorar as condições de vida dos angolanos. Maria do Carmo disse que a exposição faz referência à mulher, empoderamento e as novas tecnologias, partindo do discurso da diversificação económica.
A artista plástica realçou ser importante que todos, sejamos promotores da cultura da paz e não da violência, respeito pelos símbolos nacionais e o património cultural material e imaterial. "Queremos com as obras, passar um testemunho positivo à sociedade, sobretudo aos mais jovens.”
Além dos quadros e do artesanato, Maria do Carmo está a expor, também, a sua colecção de roupas africanas, sobretudo para a época de Verão. A madre Malesso, da Diocese de Benguela, elogiou a qualidade das peças da artista plástica Maria do Carmo.
A directora da Escola Sede de Sabedoria do bairro Damba Maria 27, Esmeralda Justino Pimentel, defendeu a implementação de cursos de pintura a nível das escolas de base, principalmente para incentivar as meninas a aprenderem a arte.
A directora explicou que a pintura deve ser um exemplo a seguir por estar a ajudar a preservar o acervo cultural da província, em particular, e em geral, do país. O promotor e curador da exposição, Guilherme Kaniaki valorizou a qualidade das obras da artista plástica Maria do Carmo, de 71 anos.
A primeira exposição individual de pintura e artesanato, disse, é uma iniciativa da organização Kaniaki Cultural. Segundo o mentor do projecto, do ponto de vista técnico e conceito, têm um valor artístico de qualidade.
O curador da exposição mostrou-se satisfeito com a adesão do público, o que demonstra o interesse pela valorização das belas artes. Enalteceu o interesse da Administração Municipal da Catumbela, em aceitar o desafio da realização da exposição. "Agradeço a abertura da direcção da Paróquia, na pessoa do padre Geraldo Amândio Ngunga, em ceder o espaço para a realização da exposição”.
Por sua vez, o pároco-geral da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Catumbela, padre Geraldo Amândio Ngunga disse que o talento e o dom de Maria do Carmo são dados por Deus e é preciso que a juventude se sinta inspirada nos feitos da artista.
Conhecida como a mais antiga senhora que se dedica à actividade de artesanato na Catumbela, Maria do Carmo Baptista, 71 anos, é enfermeira reformada. Foi uma das estudantes do último curso de Enfermagem da Bandeira Portuguesa, em 1974, na província de Benguela.
Indicada como uma das mulheres mais antigas na área das artes, a sua trajectória no corte e costura, data desde 1973, quando frequentou o curso no Lobito. Natural de Benguela, Maria do Carmo Baptista vive actualmente, no centro da Vila da Catumbela. Até agora, já produziu centenas de peças artesanais produzidas pelas técnicas de cetim, algodão, reciclagem de garrafas com objectivos decorativos e cestos. Ficou conhecida como especialista em técnica de reciclagem de plástico.
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