A ordem indicia, sem mais nem quê, uma disputa acérrima pelo título nas próximas jornadas, que, com fidelidade dos números, passa agora a ficar reservada a estas três equipas, sendo que Kabuscorp, a 13 pontos de diferença sobre o líder, só por um milagre pode lá chegar, sendo que o mínimo que lhe resta é tentar assegurar a quarta posição.

Portanto, entre, Sagrada, Desportivo e Petro mora o putativo campeão, aquele que ousar arregaçar as mangas de camisa e superar a concorrência de outros dois. A empreitada não se antevê fácil, mas relança a disputa e o interesse do torneio, longe daquelas edições monopolizadas por uma equipa, que lidera, com larga diferença pontual, sobre outras.

Na jornada do fim-de-semana, lundas do Sul e petrolíferos deixaram "preto no branco" que estão preparados e a altura de disputarem ao limite, o campeonato. No jogo mais aguardado da jornada, em função da condição classificativa das equipas, acabaram empatadas a um golo, num jogo em que a arbitragem, segundo a crítica, não esteve à altura.

A correlação de forças verificada no rectângulo de jogo, deixa evidências de que a mesma pode se verificar nas jornadas em que terão de se entregar com alma na luta pela liderança ou pelo título. Até certa altura, era comum ouvir-se, à boca pequena, que a agressividade do Desportivo era uma espécie de sol de pouca dura.

Mas ao que a realidade nos tem dado a ver, é uma equipa que está na prova com objectivo firme e bem definido, capaz de vir, quem sabe, pregar a pior surpresa a quem acompanha o campeonato, seja lá em que condição for. É certo que está em meio de dois campeões, com maior experiência e tarimba. Mas isto pode não traduzir absolutamente nada.

Enquanto isso, o 1º de Agosto, com o empate diante do Kabuscorp do Palanca, terá ficado, irremediavelmente, arredado da corrida ao título.

O mais que se lhe pode exigir, é uma segunda volta produtiva, que permita alcançar uma classificação não muito aquém do seu nome, seu estatuto, seu prestígio. O salto do Sagrada Esperança para a primeira posição, acabou prejudicial para o Recreativo do Libolo. A vitória (2-0) complicou mais ainda a situação da equipa do Cuanza-Sul, que, em boa verdade, estará a fazer a sua pior edição desde que ascendeu ao Girabola, onde já teve a proeza de arrebatar quatro títulos.

Com apenas 15 pontos, os mesmos que tem o Sporting de Cabinda, na última posição, os libolenses só por sorte sobrevivem à descida de divisão. Terão de se reinventarem nas próximas jornadas para escaparem desta enrascada.

Quem vai deixando para trás o espectro da despromoção, provavelmente, a respirar já algum alívio, é o Interclube, que nas últimas jornadas tem-se esmerado para sair da onda de derrotas. Depois do empate (2-2) com o São Salvador, na 21ª jornada, no fim-de-semana aproveitou a condição de anfitriã, para bater o União de Malanje por 4-1, estando agora na nona posição com 24 pontos.

O Desportivo da Huila venceu, em casa, o Bravos do Maquis por 2-1, ocupando o quinto lugar, com confortáveis 29 pontos, que satisfazem o ego de qualquer equipa que não tenha olhos virados para o título.

Ontem, para o fecho da jornada, o Sporting de Cabinda foi a Mbanza Kongo, arrancar um precioso empate ao São Salvador do Zaire com quem empaptou a um golo. E em Benguela, o Wiiliete bateu a Académica do Lobito por 3-0.

Vitória sobre os libolenses leva formação diamantífera ao primeiro lugar da competição